Entidades defendem universalização do atendimento à educação infantil

 

Enquanto objetivo não for alcançado, poder público deve priorizar áreas de maior vulnerabilidade social da cidade de São Paulo

A universalização do atendimento à educação infantil, que abrange crianças de zero a seis anos, é um dos principais pontos defendidos por entidades e movimentos da sociedade civil que atuam na área. Segundo estas organizações – GT Educação do Movimento Nossa São Paulo, Fórum de Educação Infantil das Entidades Conveniadas, Fórum Paulista de Educação Infantil e Movimento Creche para Todos –, enquanto o objetivo da universalização não for alcançado, o poder público deveria priorizar as áreas da capital paulista de maior vulnerabilidade social.

O tema foi debatido nesta quinta-feira (8/4), na Câmara Municipal de São Paulo, durante o ato pela ampliação das vagas em creches  e pré-escolas de São Paulo promovido pelas entidades. No encontro, que contou com a participação de diretoras de creches conveniadas da UNAS (União de Núcleos, Associações e Sociedades de Moradores de Heliópolis), movimentos de mulheres e representantes dos vereadores Donato (PT) e Goulart (PMDB), foi discutido também a necessidade de a Prefeitura ampliar o atendimento das crianças com qualidade.

Para os organizações, a qualidade no atendimento passa pela redução do número de alunos por educador, pelo atendimento integrado e contínuo das crianças de zero a seis anos e pela ampliação do regime de período integral. Embora reconheçam que a atual gestão fez um esforço considerável na ampliação do atendimento em creches, as entidades identificam alguns problemas, entre os quais a forma que é feito o cadastramento das crianças que necessitam de vaga. Atualmente, o déficit de vagas em creches é de aproximadamente 80 mil, número que as entidades consideram estar subestimado.

Outra dificuldade levantada no debate é o valor que a Prefeitura paga às creches conveniadas, considerado insuficiente para que estas possam garantir a formação adequada dos profissionais e cuidar melhor dos espaços.

Quanto ao relacionamento com a Câmara Municipal, as organizações solicitam que os vereadores dialoguem com a sociedade civil antes de apresentarem projetos de lei relacionados à educação infantil.

REPORTAGEM: AIRTON GOES airton@isps.org.br

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