“Novos trólebus vão ser testados” – Jornal da Tarde

 

Os ônibus têm inovações tecnológicas; 140 devem ir às ruas

Cristiane Bomfim, cristiane.bomfim@grupoestado.com.br

A Secretaria Municipal de Transportes deve iniciar nos próximos dias testes com um novo tipo de trólebus em São Paulo. O modelo possui inovações tecnológicas que devem tornar a viagem do passageiro mais confortável.

Entre as novidades do veículo estão sensores que controlam e registram a velocidade e até se o motorista realizou curvas ou freadas bruscas. O protótipo foi apresentado à SPTrans pela Viação Himalaia, que tem concessão do serviço de ônibus elétrico na capital.

Os testes técnicos que avaliam se os novos trólebus são ou não adequados para o transporte de passageiros devem durar três meses. Se for aprovado, o novo tipo de veículo entra em circulação no segundo semestre deste ano, mas deve atingir um número reduzido de passageiros.

Na capital, existem 17 linhas de ônibus elétricos com extensão de 137 quilômetros de cabos e 212 coletivos. A maior parte das linhas está na zona leste.

De acordo com a SPTrans, o contrato com a Viação Himalaia prevê a renovação de 140 unidades da frota. Ao término do contrato, os veículos se tornam patrimônio da Prefeitura.

A meta da Himalaia é colocar em circulação nas ruas, até o fim do ano, 50 unidades novas. “É um veículo confiável e pouco sujeito a falhas”, explica André Lissandre, presidente do Consórcio Leste 4, formado pelas viações Himalaia e Novo Horizonte.

Segundo ele, o projeto do novo ônibus elétrico levou dois anos para ser desenvolvido e o custo de cada unidade é de R$ 700 mil. O novo trólebus terá refrigeração do motor a água, o que diminuirá o peso em 400 quilos.

Como resultado, Lissandre afirma que as viagens serão mais rápidas e o consumo de energia mais racional; além da capacidade de transportar mais passageiros.

Os sensores de aceleração do ônibus elétrico permitirão que uma central de controle acompanhe todo o percurso feito pelo veículo. “Poderemos identificar, além da localização do ônibus, qualquer situação de desconforto causada pelo motorista, como por exemplo curvas e freadas bruscas, além da velocidade durante o trajeto”, conta o presidente do Consórcio.

A cada manobra considerada imprudente, o veículo emitirá ao motorista um aviso sonoro. “A vantagem é que os condutores deverão andar literalmente na linha, respeitando os passageiros, porque tudo será monitorado e cobrado depois.” De seus assentos, os passageiros poderão acompanhar através de monitores de LCD ou LED a rota do ônibus, os próximos pontos de parada e até a distância entre um trecho e outro.

Rede elétrica

“Sabemos que uma operação tranquila depende de um bom sistema de fornecimento de energia. Mas a rede elétrica está sucateada. Com uma frota moderna, poderemos barganhar um investimento no sistema”, acredita Lissandre. A SPTrans não dá prazo para a conclusão dos testes.

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