Entrevista Alberto Botti. Arquiteto, urbanista e ex-presidente da Emurb (1973-1975)
O Estado de S.Paulo
Como o senhor vê as Operações Urbanas?
Como algo positivo. Claro que depende muito da forma de aplicação e das condições específicas do local. Mas, de maneira geral, funcionam para atualizar a proposta do uso do solo, sem choque com o previsto pelo Plano Diretor.
Como São Paulo tem utilizado esse mecanismo?
Vem sendo razoavelmente bem utilizado. Lamentavelmente, entretanto, não está havendo aperfeiçoamento na qualidade do instrumento. Prova é que, de todas as propostas feitas, a primeira, da Faria Lima, ainda é a que apresenta menos problemas. É ridículo afirmar isso. Um exemplo: a Faria Lima não contemplou reformulação do sistema viário. As demais operações continuam sem analisar esse aspecto, ou analisam de maneira generalística, o que traz mais problemas que soluções.
O que deveria ser feito para melhorar as futuras operações?
Uma crítica ampla a todas as operações urbanas já realizadas. Pegar todas, identificar problemas e traçar uma sistemática que possa melhorar as outras. Ou seja: operações urbanas são positivas, mas podem ser melhoradas.