Gestão Kassab admite atraso nos planos de redução de poluentes, mas diz que tem avançado na questão
DE SÃO PAULO
A gestão do prefeito Gilberto Kassab (DEM) admite que a implantação da Lei do Clima está atrasada, mas elenca uma série de medidas que tem adotado para tentar cumprir a nova legislação.
Uma delas é o uso de um diesel menos poluente nos motores dos ônibus do sistema de transporte municipal.
A renovação de parte da frota, de acordo com a administração, também está ajudando a baixar as emissões dos gases do efeito estufa.
O diesel segue sendo usado, mas a poluição está caindo, afirma a prefeitura, porque os motores dos novos ônibus são mais eficientes.
No ano passado, a redução nas emissões pela compra de ônibus novos chegou a 2 mil toneladas, segundo a gestão Kassab. Trata-se de um número equivalente a 0,04% da meta de redução prevista na Lei do Clima de São Paulo.
Em agosto de 2008, quando o projeto de Kassab foi enviado à Câmara, o secretário do Meio Ambiente, Eduardo Jorge, já dizia que o item mais importante era o que previa a redução do uso de combustíveis fósseis (principalmente diesel) nos novos ônibus.
Os novos projetos de monotrilhos, segundo a prefeitura, também são medidas que vão ajudar o município a atingir a sua meta antipoluição – redução de 30% das emissões de gases do efeito estufa até 2012, diz a lei.
Prefeitura e Estado têm seis projetos de monotrilho. Um deles deverá ligar o aeroporto de Congonhas à estação São Judas do metrô.
GRANDES AVANÇOS
A prefeitura diz ainda que houve grandes avanços "nos últimos sete anos" na coleta seletiva. Em 2003, foram recolhidas apenas 5.279 toneladas de material reciclável, contra 37.629 em 2009, segundo a atual gestão.
A prefeitura atribui a queda de 8% na coleta seletiva no período entre 2008 e 2009 à "crise econômica".
O inventário sobre o quanto as motos poluem, outra exigência da lei neste primeiro ano, está sendo feito. O mesmo vale para o estudo do impacto da poluição na saúde, diz a prefeitura.