Educação Infantil, Educação Inclusiva e Ensino Fundamental foram os temas de destaque da Conferência Municipal de Educação, realizada no fim de semana passado (18 a 20/6), com a participação de 1.500 delegados. A conferência teve como objetivo votar as metas para o Plano de Educação da Cidade de São Paulo, documento que vai orientar as políticas públicas para a área nos próximos dez anos. O planejamento deste processo teve início no ano passado e a elaboração das quase 6 mil propostas ocorreram com a participação de mais de 20 mil pessoas entre fevereiro e abril deste ano.
Dos 16 temas em debate, Educação Infantil foi o que gerou mais polêmica, com relação ao modelo de atendimento nas creches: se as unidades devem progressivamente ser administradas apenas pela prefeitura ou se deve ser mantida a rede conveniada. Hoje, a cidade tem 864 unidades, sendo que 729 são conveniadas.
As propostas aprovadas por maioria em todas as 15 plenárias temáticas foram reafirmadas pela plenária geral, que priorizou debater os temas: Educação de Jovens e Adultos, Ensino Fundamental, Educação Infantil, Ensino Médio, Educação Inclusiva e Valorização dos Profissionais da Educação.
“Os debates foram intensos nas plenárias temáticas e na plenária geral. Propostas fundamentais foram aprovadas, como acabar com o déficit de atendimento em creches, zerar o analfabetismo, e universalizar o atendimento no ensino médio", destacou Samantha Neves, integrante do GT Educação do Movimento Nossa São Paulo.
Dos 1.500 delegados, a maior parte era formada por profissionais das creches e escolas do município, mas também havia integrantes de fóruns de educação e movimentos sociais de diferentes regiões da cidade, e, em menor número, estudantes, familiares e representantes das universidades. O secretário de Educação Secretário Alexandre Schneider esteve presente em diversos momentos da Conferência, assim como a equipe de secretaria, as diretorias regionais e alguns vereadores e assessores da Câmara Municipal.
O documento com as propostas será sistematizado pela Comissão Executiva e terá divulgação no site da secretaria. Na conferência ficou decidido que as propostas aprovadas por mais de 50% dos delegados vão constar na minuta de projeto de lei que será enviada à Câmara Municipal. A conclusão do processo será a aprovação do Plano de Educação da Cidade de São Paulo como lei municipal.