Entre os governos estaduais, São Paulo tem a melhor nota. Pernambuco aparece em segundo lugar e Piauí é o último.
Sandro Lima
O governo federal recebeu a melhor nota no Índice de Transparência lançado nesta quarta-feira (14), em Brasília. Criado pela Associação Contas Abertas, o índice avalia a transparência na divulgação dos gastos públicos pelo governo federal e pelos governos estaduais. Foram analisados 28 sites do governo federal e estados.
A melhor nota – 7,56 – foi dada ao portal da transparência da União. "É um site criado há sete anos e tem, portanto, expertise no assunto. Serviu até como parâmetro para outros sites estaduais e municipais", explicou Gil Castello Branco, secretario geral do contas abertas.
RANKING GERAL UF NOTA
1º EXECUTIVO FEDERAL BR 7.56
2º SÃO PAULO SP 6.96
3º PERNAMBUCO PE 6.91
4º RIO GRANDE DO SUL RS 6.29
5º PARANÁ PR 6.07
6º MINAS GERAIS MG 5.60
7º SANTA CATARINA SC 5.56
8º RONDÔNIA RO 5.38
9º ESPÍRITO SANTO ES 5.36
10º AMAZONAS AM 5.24
Levando-se em conta somente os estados, São Paulo ocupa a melhor classificação. Recebeu nota 6,96, seguido de Pernambuco, no segundo lugar, com 6,91. O Rio Grande do Sul aparece em terceiro, com 6,29. Já o Piauí ocupa a última posição com 3,04. O índice de transparência esta baseado nos seguintes parâmetros: facilidade de navegação, conteúdo, frequência de atualização e série histórica disponível.
"A lei obriga a publicação, mas isso não significa necessariamente transparência, pois o site pode ter uma linguagem propositalmente hermética. Queremos saber se as informações disponíveis permitem de fato o acompanhamento das contas publicas por parte de sociedade", disse Castello Branco.
Segundo Gil Castello Branco, o índice não é um indicador de probidade administrativa nem de eficiência na alocação de recursos públicos, mas quanto mais transparente for o site maior a possibilidade de alguma irregularidade ser detectada por setores da sociedade.
Entre os estados pesquisados, o Paraná é o único que indica nomes, cargos e salários dos funcionários. Entre as regiões, a média mais alta foi registrada na região sul, enquanto que a região norte teve a pior média. Posteriormente, o índice de transparência incluirá na avaliação as capitais e municípios com mais de 100 mil habitantes.