Francisco de Souza
O arquiteto Ruy Ohtake, que assinou o projeto de revitalização do Mercado Municipal de São Miguel “Dr. Américo Sugai”, participou na última sexta-feira, dia 16, de uma reunião com a comunidade promovida pelo Movimento Nossa Zona Leste e pela Fundação Tide Setúbal. Além dos representantes das duas entidades da sociedade civil, participaram também da reunião que aconteceu no auditório da Escola Estadual Dom Pedro I, deputados, representantes da OAB, dos permissionários, diversos assessores políticos e lideranças comunitárias da região.
Luiz França, do Movimento Nossa Zona Leste, abriu a reunião agradecendo a presença de todos e chamou as principais lideranças e autoridades presentes para comporem a mesa. Primeira a falar, a presidente da Fundação Tide Setúbal, Maria Alice Setúbal, ressaltou que o projeto nasceu de uma vontade popular manifestada em reuniões de sua entidade com a comunidade local.
“Desde o começo a Fundação procurou mediar os diferentes interesses, tanto da população, como dos funcionários e permissionários do Mercadão, que tem na sua principal função o abastecimento, mas que também é um ponto de encontro da população. Por isso, a preocupação de fazer dele também um espaço de cultura e de roteiro turístico de São Miguel”, explicou Maria Alice.
O superintendente da distrital São Miguel da Associação Comercial de São Paulo, Antonio Abrão Mustafá, manifestou apoio ao projeto. “Agradecemos todas as entidades envolvidas na revitalização do nosso mercado. A Associação Comercial hoje também está voltada para projetos de interesse social, e a nossa superintendência apoia e se coloca à disposição para ajudar no que for preciso”, disse.
O arquiteto Ruy Ohtake, expôs o projeto, que contempla a construção de um mini-shopping; palco para apresentações artísticas; praça de alimentação (café e restaurante); área de convivência; auditório e área para exposições. Ele explicou que o processo de revitalização tem quatro fases: a primeira, da pintura das fechadas, já foi concluída, e as outras aguardam verba da prefeitura e do governo federal.
"Hoje o mercado tem dois pavimentos e será construído mais um. A idéia é que ele ocupe todo quarteirão, com um mini-shopping, na última fase, seguindo uma tendência mundial, já que hoje os grandes mercados não são apenas pontos de abastecimento, mas grandes centros de convivência”, disse o arquiteto que assinou também o projeto do Parque Linear Várzeas do Tietê, em construção e que passa por diversos bairros da Zona Leste.