Em SP, outros 505 candidatos também são alvos de pedidos de impugnação porque não entregaram documentação em ordem ao TRE
Fausto Macedo
A Procuradoria Regional Eleitoral em São Paulo pediu ontem a impugnação de 521 candidatos, de um total de 905, que solicitaram registro à Justiça Eleitoral. Por enquadramento na Lei da Ficha Limpa, são 16 casos.
Os outros 505 postulantes estão sob suspeita do Ministério Público porque não entregaram documentação em ordem ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Notificados, terão prazo fixado para regularizar os procedimentos.
É a segunda ofensiva da Procuradoria Eleitoral contra políticos condenados por colegiado – três deles pleiteiam cadeiras na Câmara dos Deputados e 12 na Assembleia de São Paulo, além de um que almeja chegar ao Palácio dos Bandeirantes como vice-governador. São representantes de três partidos: PSDB, DEM e PSOL.
Na semana passada, 15 políticos haviam sido enquadrados na Ficha Limpa – candidatos a deputado estadual e federal por quatro agremiações: PMDB, PV, PDT e PTB.
No entanto, o número de pedidos de impugnação por problemas nos documentos exibidos na primeira investida da Procuradoria Eleitoral era bem inferior a esse novo lote – foram 266 candidaturas contestadas por causa de papéis em situação irregular.
Universo. O procurador regional eleitoral em São Paulo, Pedro Barbosa Pereira Neto, conduz o pente-fino assessorado por 20 analistas e técnicos do Ministério Público Federal. Até agora a equipe se debruçou sobre 1.510 candidatos, de um total de 3.200 inscritos para as eleições de 3 de outubro.
A soma dos candidatos já contestados pela procuradoria chega a 802, ou mais de 50%.
Na primeira etapa da apuração, o Ministério Público requereu ao TRE 229 diligências ( verificação sobre documentos exibidos). Agora, no segundo lote, são 255 pedidos de diligência.
A lista de contestações pelos critérios da Lei 135/2010, que veta candidaturas de políticos condenados por colegiado, inclui ex-prefeitos e também parlamentares que buscam a reeleição.