“Subs mais fracas” – MTV na Rua

 

Como administrar uma cidade com cerca de 11 milhões de moradores e uma área de 1.522.986 km²? Para responder a esta demanda foram criadas, em 2002, as subprefeituras. Idealizadas para serem órgãos diretamente vinculados à Prefeitura de São Paulo, mas com orçamento próprio e responsabilidade nos mais variados temas que afetam a vida dos paulistanos (como saúde, esporte e educação), elas estão perdendo cada vez mais seu poder.

De acordo com a vice-prefeita de São Paulo, Alda Marco Antônio, um movimento de retirada de atribuições das administrações regionais já foi iniciado na cidade no começo da gestão do ex-prefeito José Serra (2005-2006) e continua em andamento. “Quando a Marta [ex-prefeita Marta Suplicy, de 2001 a 2004] implantou o projeto de subprefeituras, ela dividiu todas as secretarias em 31 pedaços e mandou cada uma das pastas para dentro das subprefeituras”, afirma. “Foi um retrocesso. Jogou-se nas costas das subprefeituras demandas que elas não dão
conta.” A vice-prefeita considera que as ações de planejamento devem ser feitas pelas secretarias e não pelos subprefeitos. “Até o nome ‘subprefeito’ é inadequado. Administrador regional seria mais correto. A função hoje dos subprefeitos é de zeladoria, manutenção de ruas.”

Para Maurício Piragino, diretor da Escola de Governo de São Paulo, o esvaziamento das subprefeituras é “um erro fenomenal de gestão”. Segundo Piragino, ao invés do governo municipal se aproximar do cidadão, está acontecendo justamente o contrário. “Imagine um morador de Parelheiros. Antes, se ele queria reclamar do serviço de educação, por exemplo, ele ia até a subprefeitura próxima de sua casa. Hoje, precisa fazer um percurso de duas horas até uma secretaria para a mesma coisa.”

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e O especialista – Ronaldo Camargo, Secretário de Coordenação das Subprefeitura

 

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