“Nova Jacu-Pêssego provoca queixas dos moradores” – Folha de S.Paulo

 

Habitantes de bairros da região reclamam de danos às casas e às ruas e da falta de passarela para cruzar a via

No 1º dia útil depois da abertura do novo trecho, maioria dos caminhões preferiu usar acessos antigos

DO "AGORA"

Moradores de bairros afetados pela construção do prolongamento da av. Jacu-Pêssego (zona leste de São Paulo), inaugurado no sábado, reclamam de danos às casas e às ruas, supostamente provocados pelas obras.

Segundo o presidente da associação de moradores do Jardim Helena, Antonio Curcino Sobrinho, dez casas apresentaram rachaduras.

"O maquinário e os caminhões usados na ampliação provocaram esses problemas", diz a dona de casa Cátia Regina Amaral, 40. A casa dela, na rua Gabriele Martinengo, apresentava diversas rachaduras ontem. Parte do reboco do teto chegou a cair.

Moradores afirmam ainda que caminhões usados nas obras passaram irregularmente por oito vias do bairro, afetando o asfalto. "Queremos o recapeamento dessas ruas", diz Curcino Sobrinho.
Há queixas também sobre a falta de segurança para atravessar o novo trecho da Jacu-Pêssego. A reportagem flagrou várias pessoas, inclusive crianças, cruzando a pé.

"Antes, existia um semáforo e uma faixa para pedestres bem aqui [em frente a um posto de gasolina]. Depois da obra, não tem mais nada", disse a dona de casa Edna Martins de Oliveira, 32.

Segundo ela, os moradores reivindicam a construção de uma passarela no local.

CAMINHÕES

No primeiro dia útil após a abertura do trecho, a maioria dos caminhões observados ontem pela reportagem preferiu usar vias antigas.

Das 11h07 às 11h34, 134 caminhões passaram pelo trevo da av. Ragueb Chohfi no sentido Mauá (ABC). Do total, 56 continuaram pela Jacu-Pêssego. Os outros 78 acessaram a Ragueb Chohfi.
Segundo caminhoneiros, não há meios de acessar os bairros pelo novo trecho.

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