“Em 2014, 70% do esgoto que chega a represas será tratado, diz governo” – Folha de S.Paulo

 

Meta é que até 2020 os rios do sistema Billings/Guarapiranga não recebam mais esgotos

Poluição amplia custos de tratamento; água da Billings só é usada pela Sabesp se Guarapiranga estiver com nível baixo

EDUARDO GERAQUE
DE SÃO PAULO

Em 2014, 70% do esgoto que chega às represas Billings e Guarapiranga, na parte sul da região metropolitana de São Paulo, será tratado. O ano marcará o encerramento da fase 3 do projeto de despoluição do rio Tietê.

"O nosso compromisso é acabar com o esgoto nos rios da região em 2020. Não estou falando que os rios vão estar limpos, mas que eles não vão receber mais esgotos", disse Dilma Pena, secretaria de Energia e Saneamento do Estado de São Paulo.

Apesar de a Sabesp não ter a mínima noção de quanto a grave poluição do sistema aumenta seu custo para tratar as águas sujas das represas, existe um parâmetro que indica o estrago que o esgoto e toda a sujeira do sistema Billings/Guarapiranga provocam.

Tratar a água na zona sul da cidade é aproximadamente três vezes mais caro do que fazer o mesmo processo com as águas do sistema Cantareira, que está menos sujo.

"Mas a diferença no custo não é toda culpa da poluição. Existem outros fatores, como a eficiência do processo. Eles são feitos por sistemas construídos em épocas diferentes", afirma Hélio Castro, superintendente da Sabesp.

INTRAGÁVEL
Nem toda a água da Billings, que é totalmente intragável antes do tratamento feito nas estações, é usada todos os dias pela Sabesp.

Existem barragens que impedem que águas em áreas onde a situação é mais crítica se misturem com locais que estão mais limpos.

No caso da cidade de São Paulo, apenas quando a Guarapiranga está com seu nível baixo é que existe o bombeamento a partir da Billings.

"Neste ano, por exemplo, não houve necessidade dessa transposição por causa da grande quantidade de chuvas", diz Dilma Pena, secretária do governo tucano.

Para a despoluição total dos rios da região metropolitana, é preciso ainda diminuir o impacto da chamada poluição difusa.

A provocada, por exemplo, pelos pneus dos carros sobre o asfalto ou por aquela bituca de cigarro lançada pela janela.

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