“Rio se espelha em Londres para promover olimpíada sustentável” – Ciclo Vivo

 

Londres será a cidade sede da próxima olimpíada e os organizadores estão levando a sustentabilidade a sério em toda a estrutura do evento esportivo. Como o Rio de Janeiro em breve passará pela mesma experiência dos londrinos, as duas metrópoles aproveitaram para trocar experiências e estudar projetos de desenvolvimento sustentável.

Além do esporte, as duas cidades têm outra coisa em comum, os problemas com a urbanização. A capital inglesa sofreu com a revolução industrial e os cariocas sofrem com a intensa densidade populacional. Diante desses obstáculos é preciso pensar em estruturas esportivas, mas também considerar os benefícios e melhorias que elas poderão trazer para a população local em longo prazo.

Dan Epstein, chefe inglês de Desenvolvimento Sustentável e Regeneração, explicou que os estádios e demais lugares de competição construídos em Londres poderão ser reciclados após a olimpíada. Exemplo disso é o ginásio que receberá os jogos de basquete, que foi projetado para receber dez mil pessoas, porém sua estrutura pode ser desmontada e reerguida em qualquer outro lugar.

Outras construções foram projetadas com a possibilidade de redução na capacidade de lugares. Para que sejam adaptados a competições menores. No entanto, mesmo com todo o planejamento que vem sendo feito há anos, os altos valores gastos com as obras britânicas ainda geram muitas críticas.

O custo estimado para as construções é de R$ 26 bilhões. Considerando o fato de que o país ainda passa por uma crise econômica, os críticos aproveitaram para recriminar os valores absurdos que serão gastos para adaptar as estruturas no período pós-olímpico, que podem chegar a 90% do custo de toda a construção.

Os investimentos londrinos, no entanto, não serão usados apenas para a construção das arenas. Os britânicos planejam melhorar a estrutura de energia e transporte na região da vila olímpica. Além disso, os prédios que abrigarão os atletas durante o evento foram construídos no leste de Londres, uma região pouco habitada e com estrutura deficitária, com o intuito de revitalizar e valorizar a área.

A região será equipada com infraestrutura, que vai desde cabos elétricos até pontes e passarelas. A parte boa dessa reestruturação é que após a olimpíada parte da vila será transformada em moradia popular. A área recebeu um centro de energia e 16 quilômetros de tubulação para prover calefação emitindo metade do carbono em relação aos padrões tradicionais.

Os intercâmbios Londres-Rio serviram para que a cidade brasileira definisse metas sustentáveis desde o planejamento das estruturas. O embaixador britânico em Brasília, Alan Charlton, explicou que é importante considerar a sustentabilidade desde o primeiro minuto, pois não é possível adicioná-la depois. “Por isso é importante fazer isso agora no Rio de Janeiro, antes de construir mais para os jogos de 2016”, finalizou o embaixador.

Com informações da Folha

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