Medida acelera retirada de espécies que causam danos à infraestrutura e competem com a vegetação nativa
Acácia-negra, ligustro, falsa-seringueira, leucena e palmeira seafórtia estão na lista de desafetos da cidade
VANESSA CORREA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Figueiras, eucaliptos e pinus, árvores que fazem parte da lista de espécies-problema da prefeitura, poderão ser removidas mesmo que não estejam causando qualquer problema e até sem o aval da Secretaria do Verde e Meio Ambiente.
Agora, bastará a avaliação de um agrônomo da subprefeitura local, atestando que o exemplar pode vir a causar danos, para que a árvore possa ser removida.
A medida, que acelera o processo de remoção dessas espécies, foi determinada por decreto do prefeito Gilberto Kassab (DEM), publicado no Diário Oficial.
As "espécies vegetais exóticas invasoras do município de São Paulo" são plantas que se disseminam com facilidade, a maioria de grande porte e crescimento rápido.
Por causarem danos à infraestrutura urbana e competirem agressivamente com a vegetação nativa, são consideradas pela administração municipal vegetais a serem controlados ou erradicados.
DESAFETOS
Um exemplo são os exemplares da espécie Ficus benjamim, ou ficus. Ela é uma das preferidas pelos paulistanos para decoração interna. É bonitinha e parece inofensiva.
Mas, quando já não cabe em vasos dentro de casa, moradores transferem elas para as calçadas. Aí elas crescem rápida e vigorosamente. Quebram o passeio, infiltram suas raízes nas tubulações e estouram fiações elétricas.
As outras árvores da lista de desafetos da cidade são acácia-negra, falsa-seringueira (de raízes aparentes enormes), ligustro, leucena e palmeira seafórtia.
Também há duas espécies de pequeno porte na lista: a flor maria-sem-vergonha e o capim braquiária, que se espalham rapidamente e impedem o crescimento de vegetação nativa em seu entorno.