Percepção do paulistano foi apurada por ONG e aponta ligeira melhora de avaliação
JAMES CIMINO
DE SÃO PAULO
CAIO DO VALLE
DO "AGORA"
A percepção do paulistano sobre seu bem-estar na cidade tem melhorado, mas pouco, a cada ano.
Em um retrato desenhado pela pesquisa Irbem (Indicadores de Referência de Bem-Estar no Município) feita com 1.512 entrevistados entre 29 de novembro e 12 de dezembro do ano passado, constata-se que os habitantes de São Paulo veem melhora em sua vida na metrópole.
Em relação à mesma pesquisa feita no ano de 2009, o aumento na avaliação dos itens que compõem a sondagem foi de 4,8 para 5 -10 é a satisfação total.
A pesquisa foi elaborada pela ONG Rede Nossa São Paulo com a ajuda dos próprios entrevistados, que puderam escolher os itens que consideravam mais importantes para apontar o conceito de qualidade de vida, segundo explicou Oded Grajew, coordenador-geral da organização.
Mais de 70% dos entrevistados se mostraram totalmente insatisfeitos com as soluções para diminuir o trânsito, com a prioridade ao transporte público e com o tempo de deslocamento.
No caso da saúde pública, um dos itens com menor nível de satisfação foi o tempo entre a marcação e a realização de consultas: 3,4.
"Se os índices sempre aumentarem assim, de décimos em décimos, ainda vai levar muito tempo para chegarem pelo menos à média de satisfação", diz Márcia Cavallari, diretora do Ibope, que conduziu a pesquisa.