Pesquisa também conclui que acessibilidade para deficientes físicos piorou
Luciana Sarmento, do R7
Para a maioria dos paulistanos, o atendimento em hospitais e postos de saúde da cidade ainda deixa muito a desejar, segundo conclusão de pesquisa Ibope, encomendada pela ONG Movimento Nossa São Paulo, divulgada nesta quinta-feira (20).
O tempo médio entre a marcação e a realização de consultas é motivo de grande insatisfação de 80% dos 1.512 entrevistados em todas as regiões da cidade de São Paulo. Esse foi o item com maior piora no nível de satisfação desde 2009. A demora para realização de procedimentos mais complexos, como cirurgias e exames especializados, teve 79% de desaprovação.
Outros itens, como facilidade de marcação de exames e consultas, também foram alvo de crítica por parte dos entrevistados. A qualidade e humanização no atendimento em postos e hospitais desagradam a 68% dos paulistanos, de acordo com a pesquisa.
Os entrevistados também reprovaram as políticas públicas em relação ao aborto – 61% deles se disseram totalmente insatisfeitos ante 63% no ano passado.
O levantamento também avaliou outros aspectos da capital como segurança, habitação, transporte, cultura e lazer.
Acessibilidade
Para os paulistanos, a acessibilidade para deficientes físicos piorou no último ano. Ela está entre os itens mais mal avaliados na pesquisa. A maioria dos entrevistados (78%) se disse muito insatisfeita, principalmente, em relação à qualidade das calçadas.
A falta de preparo dos espaços públicos para receber deficientes é motivo de insatisfação para 71% dos entrevistados. Nos transportes públicos, a avaliação é negativa para 70% dos paulistanos, segundo a pesquisa.
