O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu uma “ação revolucionária” para alcançar o desenvolvimento sustentável, ao alertar que o consumo desatento de recursos do último século é “um pacto de suicídio global”. “Destaco o recurso que é o mais escasso de todos: o tempo", enfatizou o sul-coreano na segunda-feira, 31 de janeiro, ao participar do Fórum Econômico Mundial em Davos (Suíça), durante sessão dedicada à redefinição do desenvolvimento sustentável.
“Estamos correndo contra o tempo. Tempo para combater as alterações climáticas. Tempo para garantir um crescimento verde, adaptável às mudanças climáticas e sustentável. Tempo para iniciar uma revolução de energia limpa”, acrescentou o secretário-geral da ONU.
Ban Ki-moon referiu-se ao desenvolvimento sustentável como a agenda de crescimento do século 21 e enumerou uma série de erros de desenvolvimento com base em uma falsa crença na infinita abundância de recursos naturais que alimentou a economia no século passado.
“Minamos nosso caminho para o crescimento. Queimamos o nosso caminho para a prosperidade. Acreditamos no consumo sem consequências. Aqueles dias se foram. No século 21, os recursos estão se esgotando e a temperatura global está muito alta”, Ban Ki-moon.
Ban pediu aos líderes empresariais presentes para se juntarem ao Pacto Global, criado há 11 anos pelas Nações Unidas como a maior iniciativa de responsabilidade corporativa do mundo, para que as empresas alinhem suas operações com dez princípios aceitos universalmente nas áreas de direitos humanos, trabalho, meio ambiente e combate à corrupção. O secretário-geral também reivindicou aos governos de todo o mundo que tomem as medidas necessárias à construção de uma economia verde.