“Aluno volta às aulas em escola mal cuidada” – Folha de S.Paulo

 

Colégios estaduais estão com janelas e muros quebrados, mato alto, pichações e até fezes de pombo no pátio

Na maioria dos casos, escolas cujos alunos têm desempenho pior no Saresp têm a pior estrutura para estudar

DO "AGORA"

Após mais de um mês de férias, estudantes da rede estadual vão encontrar escolas com janelas e muros quebrados, mato alto, pichações e até fezes de pombo no pátio.

Das 15 escolas visitadas pela reportagem, seis tinham. A volta às aulas será na próxima quinta.

Foram escolhidas três escolas por região de acordo com o rendimento dos alunos do nono ano (antiga 8ª série) do ensino fundamental na prova de português do Saresp 2009, exame anual aplicado pelo Estado. Uma com nota baixa, outra com nota mediana e a última, alta.

Na maioria dos casos, os alunos com o pior desempenho têm a pior estrutura para estudar. É o caso da Escola Estadual Professora Maria Eugenia Martins, no Jaguaré (zona oeste), onde parte do muro quebrou. Em volta, há ainda lixo e um fio caído.

Com uma das piores notas da zona leste, a Capitão Sergio Paulo Muniz Pimenta, no Jardim São Luis, tem o banheiro pichado e sem assentos, e é rodeada por entulho.

A exceção está no centro. Na Marina Cintra, uma das unidades com as melhores notas da região, o prédio, antigo, tem infiltrações, marcas de umidade e rachaduras. Já na Padre Anchieta, cuja nota é a mais baixa da área, os muros são recém-pintados e há até câmeras.

Em toda cidade, escolas com nota média também apresentaram problemas. Na zona sul, a Clarice Seiko Ikeda Chagas é rodeada por mato alto e lixo. O prédio tem infiltrações e pichações. Na Stefan Zweig, na zona leste, há fezes de pombos e restos de chiclete no pátio.

Até mesmo em uma unidade de referência, como a Escola de Aplicação da USP, há falhas de estrutura. Segundo professores, uma tubulação leva esgoto para perto da rampa de entrada.

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