Tatiana Farah, O Globo
O Fórum Social Mundial (FSM) vai até a Tunísia e o Egito para acompanhar de perto os processos de democratização dos dois países, provocados por uma intensa mobilização popular. A missão internacional é organizada pela seção do FSM em Magreb, na África.
Os protestos no Cairo e a queda do ditador Hosni Mubarak, na sexta-feira, deram o tom aos discursos nas centenas de conferências realizadas nesta edição do Fórum Social e Dacar, no Senegal, encerrada neste final de semana.
A idéia é dar suporte à transição democrática e rearticular os movimentos sociais que estavam sufocados pelo regime ditatorial. Outra medida será a criação de um fórum mundial de apoio a Palestina, que deve ocorrer no Rio.
– Vamos nos encontrar com as organizações que estão envolvidas nessa revolução democrática e ver como podemos ajudar. Construir a democracia não é um processo fácil nem rápido. A proposta é conversar com os movimentos de mulheres, jovens, estudantes e as organizações de direitos humanos, com os quais já buscamos diálogo nos últimos anos – afirmou Raffaella Bolini, do grupo italiano Arci e uma das coordenadoras do Fórum Social Europeu.