“Achar vaga para carro na rua pode demorar até uma hora em SP” – Metro

 

Davi Franzon, do Metro
cidades@band.com.br

Encontrar uma vaga para estacionar nas ruas de São Paulo vem se transformando em uma verdadeira batalha. Com o crescimento de 95,5% da frota nos últimos dez anos, que atingiu cerca de seis milhões de veículos, a falta de espaços para parar atinge praticamente todos os bairros. O projeto de edifícios-garagens, que poderia aliviar a situação, não saiu do papel.

Só no centro, há um déficit de 14 mil vagas de estacionamento, segundo levantamento da Emurb (Empresa Municipal de Urbanização). Nas ruas de bairros como Pinheiros, Vila Madalena e Itaim, a procura por uma vaga na rua pode chegar a uma hora.

Para piorar a situação de quem busca uma vaga, na tentativa de melhorar a fluidez no trânsito e reduzir os congestionamentos, a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) cortou quase 8.000 vagas de zona azul em cinco regiões da cidade.

De acordo com os engenheiros da CET, a redução de vagas trouxe uma melhora de 30% na fluidez, reduzindo o tempo de viagem dos ônibus que circulam por avenidas como a Engenheiro Luís Carlos Berrini e Faria Lima.
A CET afirma ainda que, durante 2010, 3.579 vagas rotativas foram criadas ante 2.830 retiradas, o que deixa um saldo positivo de 749 pontos de zona azul. Ao todo, a capital conta hoje com 35.500 vagas rotativas, sendo 30% no centro, 2% na zona norte, 27% na sul, 10% na leste e 31% na oeste.

Com cada vez menos opções de parada, quem lucra são as empresas privadas. Em 2010, o estacionamento mensal teve um reajuste de 24%, muito acima da inflação, que fechou em 6,40%.

Há cerca de nove mil estacionamentos na cidade, com quase 1 milhão de vagas. Em algumas regiões, a primeira hora já chega a custar R$ 16.

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