Diego Zanchetta – O Estado de S.Paulo
Com o argumento de aumentar a acessibilidade dos deficientes físicos em conjuntos habitacionais populares, a Câmara Municipal aprovou ontem, em segunda discussão, projeto do Executivo que amplia de 50 m2 para 67 m2 o novo modelo de apartamento financiado pelo governo estadual e pela Cohab em São Paulo, mas não incluiu a obrigatoriedade de haver elevadores nos prédios.
Os elevadores são uma das principais reivindicações de moradores em conjuntos habitacionais, que na capital têm até cinco andares. "Hoje nós votamos a metragem maior, para tornar a moradia mais digna, com corredor e banheiro maiores. Mas a instalação do elevador depende de um projeto à parte, que está em trâmite na Casa", disse o vereador governista Cláudio Fonseca, líder do PPS. Nas arquibancadas, moradores reclamaram. "Como podem dizer que o apartamento popular ficou mais acessível sem elevador? Como o cadeirante vai chegar no quinto andar para aproveitar os 18 metros a mais do seu imóvel?", disse Silvia Baptista da Silva, de 36 anos.
Também foi aprovado, em primeira votação, o projeto que libera a ampliação e a construção de hospitais em bairros saturados para novos empreendimentos.