Pela terceira vez este ano o Rio Tietê transbordou. A chuva desta segunda-feira também provocou o extravasamento do Córrego do Aricanduva e do Rio Tamanduateí, dois dos principais afluentes do Tietê. O trânsito ficou travado até tarde da noite. Muitas pessoas ficaram ilhadas dentro de carros, ônibus ou em casa. Avenidas alagaram e carros saíram boiando. A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) registrou o segundo pior congestionamento do ano, 150 km, às 19h42.
O Corpo de Bombeiros recebeu 136 chamados relacionados à chuva. Motoristas tiveram de ser resgatados de seus carros. Na região do Aricanduva, passageiros de um micro-ônibus ilhado saíram em botes infláveis. Houve quedas de árvores. Um dos casos mais graves ocorreu na Vila Maria Alta, zona norte, onde um sobrado desabou. Uma mulher teve ferimentos leves.
A partir das 14h35, o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE) colocou várias regiões da cidade em estado de atenção. O Córrego do Aricanduva foi o primeiro a transbordar, às 17h14, na altura das avenidas Aricanduva e Itaquera. Em alguns pontos a água atingiu mais de um metro de altura e invadiu casas. Na foz do Aricanduva choveu 91,3 milímetros.
Pouco mais de 40 minutos depois, por volta das 17h55, o Rio Tietê transbordou na altura da Ponte Aricanduva. Em muitos pontos não dava para ver onde era rio e onde era pista. A Marginal do Tietê alagou mais tarde também próximo das pontes do Limão, das Bandeiras, da Vila Maria e do Tatuapé. No total, o CGE registrou 49 pontos de alagamento.
O trânsito na região central estava um caos. Próximo ao Parque Dom Pedro, o cenário era de confusão. Nem os três agentes da CET conseguiam organizar o emaranhado de carros que fechava completamente os cruzamentos. Na Avenida Tiradentes e na Praça da República, o tráfego estava completamente parado por volta das 20 horas. Nem ambulâncias com sirene ligada passavam.
As cidades do ABC, Guarulhos e Santa Isabel e Osasco também tiveram cheias.
