Guarapiranga atende 3,5 milhões de consumidores na capital e em cidades da Grande São Paulo
Moradores da zona sul da capital estão reclamando do gosto ruim e do forte cheiro da água que sai das torneiras e dos chuveiros, segundo informações do jornal O Estado de S. Paulo e da 2ª edição do SPTV.
O problema foi percebido há 15 dias, principalmente na Vila Mariana e na Vila Clementino. O responsável pelo problema são as algas que proliferaram na represa Guarapiranga neste verão. O calor, a grande quantidade de matéria orgânica (proveniente dos esgostos que são despejados na represa) e as chuvas são responsáveis pela proliferação acima do normal do organismo.
A Sabesp, responsável pelo fornecimento de água na capital, disse que duas substâncias liberadas pelas algas são responsáveis pelo gosto e o cheiro ruins na água que chega à torneira.
Abastecimento
O reservatório da Guarapiranga abastece cerca de 3,5 milhões de habitantes da zona sul e também de municípios da Grande São Paulo, como Embu e Itapecerica da Serra. A companhia admite que já recebeu reclamações, mas não especificou de que bairros vieram e diz estar se mobilizando para dar fim ao problema.
Carvão ativado
Para neutralizar o gosto e o cheiro, carvão ativado é adicionado à água durante o tratamento. E, para combater o excesso de algas, a companhia está aplicando peróxido de hidrogênio (água oxigenada) e sulfato de cobre. "Não há risco para a saúde", afirma o superintendente de produção de água da Sabesp, Hélio Castro, a O Estado de S. Paulo. "É só o desconforto mesmo. Mas não tem nenhum problema sanitário ou de saúde pública", afirmou.
Os moradores reclamam que filtrar ou ferver a água não resolve o problema. Mesmo a água quente que sai do chuveiro permanece com o cheiro.