“Estudo transforma Luz em nova Santa Cecília” – Metro

 

Projeto para a região da cracolândia prevê imóveis para classe média com valores entre
R$ 114 mil e R$ 222 mil Revitalização pretende atrair famílias de classe média para a área

O projeto Nova Luz pretende transformar a região da cracolândia em um bairro de classe média, similar às regiões da Bela Vista, Consolação e Santa Cecília.

No estudo de viabilidade financeira elaborado pelo consórcio responsável pelo projeto, são esboçados três cenários para o futuro da região.

No primeiro deles, classificado como pessimista, mesmo com todas as intervenções previstas, não haveria grandes alterações na valorização dos imóveis, que viria apenas da instalação de novos equipamentos públicos, praças, comércio e serviços.

Já no segundo cenário, chamado pelo consórcio de realista, a Nova Luz passará a ser vista pelo mercado imobiliário da mesma forma que bairros como Bela Vista e Consolação.

De acordo com a avaliação do consórcio, formado pelas empresas Concremat, Cia City, Aecom e FGV, assim como a Nova Luz, as duas regiões estão próximas do centro e possuem boa oferta de equipamentos públicos e de imóveis residenciais.

No terceiro cenário, classificado como otimista, as obras na cracolândia transformarão a região em uma nova Santa Cecília – o documento destaca que essa equiparação se dá quando considerada a parte mais valorizada do bairro.

O estudo aponta que, após a conclusão das obras, a oferta de imóveis de interesse social, como exige a lei Concessão Urbanística aprovada na Câmara Municipal de São Paulo, terá três faixas de preço.

A previsão do estudo de viabilidade financeira é de que as unidades tenham 37 m2, 50 m2 e 65 m2. O custo irá variar de R$ 114 mil a R$ 222 mil. Ainda serão oferecidas residências de alto padrão, cujo valor pode chegar, no cenário mais otimista, a cerca de R$ 425 mil.

Na projeção, a unidade com menor metragem deve atingir famílias com faixa de renda acima de sete salários mínimos (R$ 3.815). No caso dos imóveis de alto padrão, de 100 m2, a previsão é atrair famílias com renda superior a 30 mínimos (R$ 16.350).

DAVI.FRANZON
@METROJORNAL.COM.BR

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