DE SÃO PAULO
A prefeitura vai mudar o modelo de limpeza urbana, mas ainda não sabe quando ele vai entrar em vigor. Não sabe sequer qual será o novo modelo.
Uma empresa de consultoria será contratada, por R$ 37 milhões, para apresentar a proposta de um novo sistema de limpeza, que deve incluir mudanças na varrição de ruas e na coleta seletiva.
O atual modelo foi criado por lei de 2002 e passou a vigorar em 2004, na gestão Marta Suplicy (PT).
Os contratos de varrição ficaram nas mãos de várias empresas. Duas concessionárias ficaram responsáveis pela maior parte dos serviços, incluindo coleta domiciliar. Vários investimentos previstos foram paralisados com o fim da taxa do lixo, já na gestão José Serra (PSDB).
A gestão Gilberto Kassab tentou um novo modelo de varrição, que incluiria nos mesmos contratos a limpeza das bocas de lobo, mas isso não andou.
Os contratos da varrição terminam no dia 3 de novembro. Não há mais tempo hábil para a realização de uma nova licitação para a contratação das empresas que vão substituí-la.
A partir de novembro, portanto, a varrição será feita com contratos emergenciais até a entrada em vigor do novo modelo.
Outra ação que demanda atuação mais forte da prefeitura é a reciclagem.
Atualmente, apenas 155 toneladas de lixo reciclável são coletadas por dia.
A prefeitura afirma que vai instalar mais cinco galpões neste ano, o que deve aumentar a reciclagem de lixo para no máximo 1% do que é produzido de lixo em todo o município.
Outra medida já definida é a proibição da distribuição e venda das sacolinhas plásticas, inclusive as biodegradáveis, a partir de 1º de janeiro de 2012.
A situação do lixo urbano será um temas a serem debatidos na conferência do C40, o grupo das 40 maiores cidades do mundo em defesa do clima, que acontece em São Paulo na próxima semana.