“Obras em corredor da Francisco Morato ‘espremem’ veículos” – Folha de S.Paulo

 

Serviço gerou filas, ônibus lotados e obrigou passageiros a andar

RAPHAEL MARCHIORI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Filas quilométricas de veículos, ônibus lotados e horas de caminhada compuseram a via-crúcis de quem precisou trafegar pela av. Francisco Morato (zona oeste de São Paulo) na manhã de ontem.

Tudo por conta das obras que começaram no domingo para trocar 10,1 km de asfalto por concreto das vias do corredor Campo Limpo/Rebouças/centro.

Já sabendo da manutenção, a consultora Vivianne do Valle, 33, saiu mais cedo de casa, na Vila Sônia (zona oeste), mas, mesmo assim, chegou atrasada ao trabalho. Após descer do ônibus e andar "até não aguentar mais", ela acabou pegando um táxi.

Caminhar pelas calçadas estreitas foi a decisão de grande parte dos passageiros parados no trânsito. Às 10h, havia 3,6 km de congestionamento. "Isto aqui ficou pior que dia de final de Libertadores [a via é um dos acessos ao estádio do Morumbi]", disse José Francisco da Costa, 44.

Comerciantes da Vila Sônia ouvidos pela Folha disseram que moradores de Embu das Artes e Taboão da Serra, ambas na Grande São Paulo, andaram mais de 3 km para fugir do congestionamento e dos ônibus lotados.

A primeira fase da manutenção, em 800 metros do corredor na Francisco Morato, deve terminar no final de junho. No trecho passam 250 ônibus por hora, atendendo 300 mil passageiros.

Dessa forma, ônibus municipais de 15 linhas farão a parada na faixa da direita.

Já os 20 ônibus intermunicipais, que atendem 45 mil pessoas por dia, tiveram sua rotas desviadas para a avenida Eliseu de Almeida.

De acordo com a EMTU, a mudança trouxe aumento de 40 minutos no tempo médio de viagem.

A obra inteira, orçada em R$ 22,9 milhões, tem sua conclusão prevista para maio do ano que vem.

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