Um em cada três motociclistas envolvidos em acidentes de trânsito na capital fica com sequelas permanentes
Levantamento realizado pelo HC (Hospital das Clínicas) aponta que a cada três motociclistas envolvidos em acidentes de trânsito em ruas e avenidas da capital, um termina com sequelas permanentes, como a amputação de membros.
A pesquisa, realizada com 255 motociclistas que chegaram ao setor de traumatologia do hospital nos últimos seis meses, revela que 84 ficaram internados, sendo que 14,7% ficaram paraplégicos e 12% tiveram lesões neurológicas. Em média, o motociclista acidentado ficou 18 dias hospitalizado. Mas, após a alta, 14% acabaram retornando ao HC.
O estudo aponta ainda que 71% dos envolvidos em acidentes de trânsito são jovens, a maioria em atividade profissional.
Para o ortopedista Marcelo Rosa, do IOT (Instituto de Ortopedia e Traumatologia), o diagnóstico do HC revela que São Paulo enfrenta uma epidemia de acidentes com motos.
Segundo o especialista, o custo com a internação dos 84 motociclistas foi de R$ 3 milhões. “Além de gerar um alto custo para o Estado, muitos terão consequências para o resto da vida.”
O médico destaca que, apesar da maioria dos casos ainda envolver homens, a participação das mulheres cresce a cada ano, chegando agora a 10% do total de vítimas. O percentual é o dobro do registrado na pesquisa anterior. METRO
