Média dos índices de julho mostra aumento da concentração de material particulado neste mês
O Estado de S.Paulo
Até ontem, a Região Metropolitana de São Paulo teve a pior média de poluição por material particulado (MP) – formado por poeira e partículas inaláveis – registrada em um mês de julho desde 2008. Os dados são da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) e levam em conta médias máximas de 16 estações de medição.
Composto em até 80% pela queima de combustível dos veículos, o material particulado é um dos poluentes mais presentes nas regiões altamente urbanizadas, ao lado do ozônio. Extremamente nocivo à saúde, penetra no sistema respiratório e alcança alvéolos pulmonares e corrente sanguínea.
Segundo dados do site da Cetesb, em 13 dos 16 pontos de medição da Grande São Paulo as médias máximas da concentração do material superaram índices do ano passado. Em relação a julho de 2009, apenas uma estação havia registrado média superior à deste mês.
Na estação de medição de Nossa Senhora do Ó, na zona norte da capital, por exemplo, a Cetesb detectou média de 132 microgramas por metro cúbico de material particulado neste mês – um aumento de 36% em relação a julho de 2010. Na cidade vizinha de Osasco, o aumento foi de 116 para 141.
Normalmente, as medições que atingem a classificação "má" são as de ozônio. Mas, neste ano, o MP tem preocupado. Ontem, das 13 estações que registraram qualidade regular (a pior classificação do dia), oito foram por causa desse poluente.
Não por acaso a poluição voltou a formar uma nuvem escura sobre a cidade. A umidade relativa do ar ficou em 33,9%, abaixo do mínimo considerado saudável pela Organização Mundial de Saúde: 60%. O clima seco deve permanecer hoje, segundo a Climatempo, e só chove no sábado.