Secretaria da Educação afirma que há locais onde não há terrenos que estão disponíveis para construir colégios
DE SÃO PAULO
A Secretaria Estadual da Educação de SP reconhece que ainda há muitas escolas com turmas acima do recomendado, mas afirma que a situação tem melhorado.
Segundo a pasta, nos últimos quatro anos (gestões Serra e Alckmin), foram abertas 150 mil vagas, num investimento de R$ 383 milhões.
Os dados oficiais mostram também que, em dois anos, caiu em 28% a proporção de estudantes do primeiro ciclo do ensino fundamental em salas superlotadas. No segundo ciclo do fundamental, a queda foi de 15%. Mas cresceu 6% no ensino médio.
O governo diz que uma das principais dificuldades para reduzir o tamanho das turmas é encontrar terrenos em áreas de proteção ambiental para construção de escolas.
"Nesses locais, não podemos construir, mas a população está ali. Temos de encontrar terrenos em áreas próximas. É uma busca constante", disse o chefe de gabinete da pasta, Fernando Padula.
"Uma opção seria transportar os alunos para escolas menos carregadas. Mas entendemos ser melhor colocar um ou dois alunos a mais na turma do que deixá-los uma hora ou mais no trânsito."
Segundo a secretaria, depois de encontrados os terrenos, vêm os entraves burocráticos (como desapropriação e licitação), que atrasam a entrega da unidade.
Padula destaca que, em 2008, a própria pasta decidiu reduzir os limites das turmas. A recomendação previa cinco alunos a mais nas turmas.
"Impusemos metas mais ambiciosas para nós. No padrão anterior, quase não haveria salas acima do recomendado." (FÁBIO TAKAHASHI)