“Obras para melhorar trânsito estão atrasadas” – Jornal da Tarde

 

Por Fabiano Nunes

Plano de obras criado para melhorar o trânsito em 15 cruzamentos da cidade de São Paulo está parado há pelo menos dois anos. Em março de 2009, a Prefeitura anunciou que iria realizar intervenções nesses pontos, considerados de congestionamentos crônicos. Mas 29 meses após incluir essas obras como uma das metas da Agenda 2012, todos esses locais estão sem qualquer intervenção.

Para 13 desses gargalos, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) informa que já tem projetos prontos. Já para os outros dois, nem essa etapa foi finalizada. A companhia prevê que as mudanças fiquem prontas até dezembro de 2012. Entre as intervenções possíveis estão previstas alterações no sentido da circulação de veículos, alargamento de vias, abertura de canteiros centrais e reconfiguração geométrica de pequeno porte.

O cruzamento das avenidas do Estado e Cruzeiro do Sul, no Pari, região central, é um dos 15 pontos críticos. No local o tráfego de caminhões e ônibus é intenso, por conta do corredor de acesso para as Marginais, Via Dutra e Rodovia Castelo Branco. “Desde que os caminhões foram proibidos de circular na Marginal do Pinheiros e na Avenida dos Bandeirantes, essa região ficou intransitável”, disse o mecânico José Batista Gonçalves, de 56 anos, que trabalha na região há 30.

Para resolver o problema nesse cruzamento, a CET planeja fazer o alargamento da via e abertura do canteiro central. Segundo o engenheiro Flamínio Fichmann, consultor de engenharia de tráfego, é preciso analisar cada intervenção, para saber se é mesmo necessária. “Muitas vezes é feito um investimento elevadíssimo para um retorno pífio. Às vezes uma intervenção barata, como regular os semáforos, é mais eficiente”, disse. A CET não revelou o gasto para fazer os projetos e nem qual deve ser o custo das obras.

No trecho que deve passar por intervenção na Radial Leste, entre o Viaduto Pires do Rio e Avenida Álvaro Ramos, no Tatuapé, já funciona uma faixa reversível nos horários de pico. A CET planeja agora alargar a via nesse ponto.

Já na Avenida Rebouças, próximo ao Viaduto Okuhara Koei, os motoristas dizem que é preciso programar melhor os semáforos. “Quando o farol do início da Rebouças abre, para quem faz o retorno para a Avenida Paulista, o sinal de quem vem da Avenida Dr. Arnaldo fica fechado, o que trava um pouco a Rebouças. Seria necessário instalar uns semáforos inteligentes na região”, sugeriu o agente de serviço André de Araújo, de 29 anos. Para o local, a CET prevê alargamento de via e adequação geométrica. Depois, deve haver também intervenções no sistema de semáforos.

A CET estima que com as obras haverá aumento da velocidade média dos veículos e, assim, melhoria na fluidez e segurança viária. A companhia informou ainda que está elaborando o orçamento dos projetos para viabilizar a contratação das obras.

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