Apenas sete vereadores respondem perguntas sobre o Dia Mundial Sem Carro

 

Reportagem da Rede Nossa São Paulo enviou três perguntas sobre a data aos 55 integrantes da Câmara Municipal. Veja como os parlamentares que não utilizarão carro irão se locomover

Airton Goes airton@isps.org.br  

Pelo quinto ano consecutivo, a Rede Nossa São Paulo é uma organizações promotoras do Dia Mundial Sem Carro na capital paulista. Mais do que estimular as pessoas a deixarem seus carros em casa durante um só dia, a proposta de mobilização na data tem sido enfatizar a luta por um transporte público de qualidade, menos poluição do ar, respeito ao pedestre, mais ciclovias, enfim, pela mobilidade urbana.

Em vista da importância simbólica da data, a reportagem da Rede encaminhou na manhã de terça-feira (20/9) três perguntas para cada um dos 55 vereadores da Câmara Municipal de São Paulo. As questões, enviadas para os endereços eletrônicos dos parlamentares disponibilizados no site da Câmara, eram as seguintes: se o vereador ou vereadora pretendia utilizar o carro no Dia Mundial Sem Carro? Caso não fosse utilizar o carro, como pretendia se locomover pela cidade? E se tinha algum comentário a fazer sobre a data?

Apenas sete vereadores responderam as perguntas. Eles disseram que não utilizarão o carro nesta quinta-feira (22/9).

Veja como cada um deles pretende se locomover no Dia Mundial Sem Carro, bem como o comentário (por ordem alfabética):

Aurélio Nomura (PV)
Vou utilizar ônibus, metrô e percorrer algumas distâncias à pé.
Acho a idéia de termos um dia como esse (Dia Mundial Sem Carro) muito importante. É uma ótima oportunidade para refletirmos sobre os problemas ocasionados pelo crescente aumento no número de carros que ocupam as ruas de nossa cidade. O apoio e o investimento em transporte coletivo deve ser prioridade, assim como, garantir mais ciclovias com segurança e também boas condições para que as pessoas possam caminhar tranquilamente sem ter que enfrentar obstáculos muitas vezes inexpugnáveis. Afinal,  a cidade pertence a todos, estejam eles motorizados ou não.

Carlos Neder (PT)
Usarei o metrô para me locomover.
O Dia Mundial Sem Carro tem mais um valor simbólico e caráter educativo, uma vez que a situação atual dos transportes públicos e do uso de meios de locomoção alternativos e sustentáveis na cidade não condiz com o apelo feito para uma mudança de hábitos no que diz respeito ao direito de locomoção. Trata-se de um grave problema a comprometer a qualidade de vida dos que aqui residem e trabalham.

Cláudio Prado (PDT)
Devo vir para a Câmara de ônibus e metrô. Entendo que devemos promover o incentivo de outros meios de transporte sem ser o carro particular.
Esta iniciativa é muito importante. Com o Dia Mundial Sem Carro, estamos primeiro conscientizando a população, para depois podermos tomar medidas mais concretas.

Floriano Pesaro (PSDB)
Virei para o trabalho de ônibus e pretendo me locomover com o transporte público para os compromissos agendados.
Desde o primeiro ano em que São Paulo participa desta iniciativa (Dia Mundial Sem Carro), me organizei para divulgar e contribuir com o debate proposto. Considero o dia fundamental para fomentarmos e disseminarmos pela cidade discussões sobre mobilidade urbana; tema absolutamente relevante para o desenvolvimento sustentável de SP. Na Câmara Municipal propus a Frente Parlamentar em Defesa da Mobilidade Humana para aprofundar as discussões e contribuir para a melhora na qualidade de vida de todos os cidadãos paulistanos.
 
José Police Neto (PSD)
Utilizarei bicicleta.
Minha impressão, como ciclista de um mês [há um mês o vereador tem utilizado bicicleta para vir à Câmara nas segundas e quartas e para retornar a sua residência nas terças e quintas], é que após esse período você quase não sente mais o esforço físico. Antes demorava 35 minutos para fazer o trajeto de carro. Agora, saio mais cedo de casa e levo apenas 25 minutos. O maior problema que enfrento no caminho é a entrada das escolas.

Juliana Cardoso (PT)
Da minha casa até a Câmara, terei que pegar ônibus e metrô.
Certamente, não conseguirei cumprir alguns horários devido ao péssimo transporte público que temos na nossa cidade. Os ônibus são cheios e demoram a passar. Depois, sofremos com o metrô. A linha vermelha é tão superlotada, que você não consegue se mexer. Além disso, temos poucos corredores de ônibus. Enfim, é triste, mas é a realidade do transporte na nossa cidade. Tenho lutado muito para que o Executivo invista no transporte de massa, público e não em pontes e viadutos, que no final favorecem o transporte individual. Farei a minha parte, participando dessa bela iniciativa e cobrando melhorias para a população.
 
Sandra Tadeu (DEM)
Moro próximo da Câmara e utilizarei serviços de táxi.
Acredito que a iniciativa (do Dia Mundial Sem Carro) é válida e deve ser acompanhada de outras semelhantes, para que os paulistanos se conscientizem sobre a necessidade de diminuirmos a poluição do ar e a frota de veículos nas ruas da cidade. O mais importante, no entanto, é o impacto que a iniciativa causa ao deixar claro que o serviço de transporte público ainda está muito aquém das necessidades.

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