Líder do PSD na Câmara Municipal diz que novo partido é de “centro”

 

Com 10 vereadores, bancada da legenda do prefeito é a segunda maior do Legislativo paulistano

Airton Goes airton@isps.org.br

Na primeira reunião da bancada do PSD, realizada nesta terça-feira (11/10), os 10 vereadores que integram a legenda na Câmara Municipal de São Paulo escolheram Marco Aurélio Cunha para ser o primeiro líder do partido na Casa. Ao final do encontro, já como líder da bancada, Cunha declarou que o novo partido será de “centro, tendendo para as questões sociais”.

Questionado se o PSD poderá se apresentar como oposição a algum governo – municipal, estadual ou federal –, o parlamentar ressaltou que o partido está sendo criado agora e comparou: “É igual vizinho novo, vizinho novo não tem inimigo”. Segundo ele, “só o tempo irá dizer onde a gente concorda mais, onde não concorda”.

O líder do partido do prefeito Gilberto Kassab na Casa informou, ainda, que a bancada irá defender uma reforma política que contemple o voto distrital. Quanto às eleições municipais do próximo ano, Cunha adiantou que em São Paulo o PSD irá buscar aliança com os mesmos partidos que venceram a eleição em 2008.
 
“Estamos chamando o DEM e o PSDB para o diálogo, vamos buscar uma ampla aliança para manter o que está dando certo”, acrescentou o vereador Domingos Dissei, que, assim como Marco Aurélio Cunha, trocou o DEM pelo PSD.

Com 10 vereadores, a bancada do PSD é a segunda maior da Câmara paulistana – só perde em número para o PT, que tem 11 parlamentares na Casa. Além de Marco Aurélio Cunha e Domingos Dissei, o novo partido do prefeito obteve a adesão de Antonio Goulart, David Soares, Edir Sales, José Police Neto, Marta Costa, Milton Ferreira, Souza Santos e Ushitaro Kamia.

Durante a entrevista coletiva da bancada, Goulart, que estava no PMDB desde 1972 – época em que a sigla do partido ainda era MDB –, explicou os motivos de seu ingresso no PSD. “Tínhamos três secretarias no governo [municipal] e não poderia virar as costas a esse chamamento. Não poderia me colocar como oposição a um prefeito que ajudamos a eleger.”

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