O Estado de S.Paulo
Bastidores: D.Z. e R.B.
No fim do ano que vem, a imagem do prefeito Gilberto Kassab (PSD) que vai ficar para os paulistanos, após sete anos de governo, dependerá do sucesso dos novos contratos da varrição. A aposta dentro do governo é que, em seis meses, calçadas e ruas estarão bem mais limpas. E com isso até petistas concordavam ontem. "Essa nova varrição vai ter um impacto visual positivo sem precedentes na cidade", comentou um adversário do prefeito.
A decisão de mudar o sistema de varrição foi do próprio Kassab. Os atuais contratos, licitados em 2006, foram cotados por valores muito baixos, o que permitiu a participação vitoriosa de empresas com experiência apenas em cidades do interior.
Agora, com um valor de R$ 2,1 bilhão por três anos, só as gigantes do mercado entraram na licitação, considerada a maior concorrência em andamento no País na área de limpeza pública. Queiroz Galvão, Delta, Cavo e Vega estão nos consórcios que disputam os dois lotes do serviço. São empreiteiras que já realizam a varrição das principais capitais e sabem da importância de realizar um bom serviço em ano eleitoral, quando Kassab tentará de todas as formas eleger seu sucessor e manter o PSD no comando da maior cidade do Brasil.