Sem manutenção, parte da estrutura na Vila dos Remédios despencou no Rio Tietê anteontem
FELIPE FRAZÃO, MÁRCIO PINHO – O Estado de S.Paulo
A recuperação da Ponte dos Remédios, cuja passarela de pedestres desabou anteontem, deixou de integrar o Plano de Metas do governo Gilberto Kassab (PSD) no início deste mês. A ponte era uma das 30 que o prefeito havia prometido reformar até o fim de seu mandato, em 2012, mas a previsão de realizar obras no local foi abandonada no último dia 10.
Da lista original, 26 pontes e viadutos foram substituídos por outros considerados prioritários, caso da Ponte do Piqueri – uma das incluídas. Em entrevista ao Estado, o secretário municipal de Planejamento, Rubens Chammas, afirmou que havia pontes e viadutos com "problemas estruturais mais graves que outros". Ele justificou que a troca era por questões técnicas, pela impossibilidade de fechar certos equipamentos para obras, pelo grau de conservação e pela necessidade de estudos para realizar determinadas intervenções.
Apesar de a Prefeitura ter informado ao Estado que a Ponte dos Remédios e outras 25 haviam sido trocadas, ela continuava ontem na lista do Plano de Metas da Prefeitura. Questionadas, as Secretarias de Infraestrutura Urbana e Obras e de Planejamento não responderam se, por causa das obras que estão sendo feitas após o desabamento, a ponte voltou para o Plano de Metas. A Secretaria de Obras prevê que a intervenção na Ponte dos Remédios vai durar até 180 dias.
Por causa da queda de um trecho de cerca de 30 metros, que incluiu o passeio e o gradil, a pista sentido São Paulo está totalmente interditada. Já as duas faixas da pista sentido Osasco estão funcionando e mudam de sentido conforme a demanda.
Lentidão. A interdição provoca congestionamentos em todo o entorno e complicou o trânsito na Marginal e na Ponte do Jaguaré, uma alternativa próxima. Por volta das 20h de ontem, a região oeste, onde fica a Ponte dos Remédios, era a mais congestionada, com 26 km de lentidão.