“Economia Criativa respondeu por 2,5% do PIB nacional em 2010” – EcoDesenvolvimento

 

A participação da economia criativa em 2010, em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de todos os bens e serviços produzidos no Brasil, foi estimada em 2,5%, o que corresponde à movimentação de R$ 92,9 bilhões. Os dados são de um estudo divulgado na segunda-feira, 12 de dezembro, pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan).

Também em 2010 a economia criativa empregou 771 mil trabalhadores formais em todo o país, número que corresponde a 1,7% do total da mão de obra com carteira assinada. A remuneração média de quem trabalha no núcleo criativo brasileiro é R$ 2.296, 45% superior ao salário médio de R$ 1.588 recebido pelos trabalhadores dos demais segmentos da economia, de acordo com o estudo.

Segundo o levantamento, as empresas fluminenses pagam o maior salário do país na área da economia criativa – média de R$ 3.014, 31% acima da média nacional do setor, que engloba as áreas de televisão, música, cinema, arquitetura publicidade e design, entre outras. São Paulo, com média de R$ 2.775, aparece na segunda posição. O estudo da Firjan tomou por base o ano passado e avaliou 13 estados.

Para o gerente da divisão de estudos econômicos da Firjan, Guilherme Mercês, a economia criativa tem, de modo geral, alto valor agregado atrelado aos seus produtos. “Até porque os trabalhadores têm elevado grau de instrução. E, no Rio de Janeiro, a gente tem tipicamente atividades criativas culturalmente muito famosas. O carnaval é um dos grandes eventos com forte atividade criativa”, exemplificou à Agência Brasil.

Entre os segmentos estudados, com exceção da atividade de design, que é mais forte no Sul do país, o estado do Rio apresenta média salarial superior à brasileira. “Mas, em três atividades, o profissional fluminense é o mais bem pago do país. São elas televisão e rádio, em que a remuneração média chega a quase R$ 5 mil, que é a maior renda entre todos os segmentos analisados na indústria criativa; a atividade musical, em que o salário passa de R$ 3,2 mil; e a arquitetura [R$2.467]”.

No Rio de Janeiro e em São Paulo, o setor corresponde a cerca de 3,5% do PIB, acima da média nacional.

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