Ministro diz que oferecerá tecnologia rápida para a construção das escolas; prazo máximo cairá de 2 anos para 6 meses
LÍGIA FORMENTI / BRASÍLIA – O Estado de S.Paulo
O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, quer apressar a construção de creches dentro do programa Pró-Infância. A ideia é oferecer a municípios tecnologia mais rápida, como pré-moldados, para que casas onde funcionam as instituições fiquem prontas em no máximo em seis meses. Atualmente, são necessários dois anos.
A meta do governo – assumida pela presidente Dilma Rousseff durante a campanha – era de chegar a 6.427 unidades de creches e pré-escolas até 2014. Como o Estado mostrou há duas semanas, para cumprir essa marca o ministério terá de inaugurar pelo menos 178 creches por mês ou cinco por dia, até o fim de 2014.
Ontem, Mercadante não quis afirmar que o objetivo será cumprido no prazo. "A liberação da verba será feita. Tudo vai depender dos municípios", disse. Até agora, foram entregues 2.528 unidades. O ministro afirma que a evolução somente não é mais rápida por causa da demora no processo de construção.
Mercadante disse que no próximo semestre deverá ser lançada uma ata de preço para a construção das unidades. Prefeituras interessadas poderão aderir. "Algo semelhante ao que já é feito com transporte escolar. Com isso, ganha-se em escala, os preços ficam mais baixos", disse. Ele reconheceu que os projetos deverão obedecer às características regionais.
O aumento da oferta de vagas nas creches, afirmou, é um dos caminhos para tentar reduzir o número de crianças que não estudam.
Outro ponto "é tornar mais interessante" a escola para jovens de 15 a 17 anos. "Não há problema de vaga ou de transporte." O problema, disse, terá de ser combatido com a maior oferta de cursos que associem a formação técnica e o ensino médio.
Tablets. Outro fator que pode auxiliar nessa tarefa é a distribuição de recursos para aulas se tornarem mais dinâmicas. A expectativa é de que no próximo semestre comece a distribuição de 600 mil tablets para professores de escolas onde há banda larga. "É preciso também aumentar a oferta da banda larga. O tablet é a torneira, mas é preciso água, tubulação", completou.
Na primeira fase, os tablets serão distribuídos para professores do ensino médio. Começaram a ser entregues projetores digitais, que poderão ser usados por professores para transmitir material contido nos tablets.