“Raí: ‘O eleitor poderá acompanhar o que o candidato está fazendo'” – Jornal Zero Hora

 

Tetracampeão com a Seleção Brasileira, Raí Oliveira, 46 anos, é conhecido por seu trabalho no terceiro setor – é presidente da Fundação Gol de Letra e Atletas pela Cidadania. Seu rosto está em uma das peças publicitárias da campanha Eu Voto Sustentável, do Programa Cidades Sustentáveis. Dois dias depois de receber em Londres o prêmio Laureus, considerado o Oscar do esporte, por seu trabalho social, o ex-jogador conversou com o repórter Guilherme Mazui, do Nosso Mundo, sobre os conceitos verdes nas eleições muncipais.

Nosso Mundo – Por que você aceitou participar da campanha?
Raí Oliveira – A campanha convoca a participação dos eleitores, trabalha com transparência e uma plataforma clara. É uma campanha muito direta, que passa pela participação da população de forma democrática. Além disso, conheço as instituições envolvidas, que são muito sérias.

NM – Como é o seu voto sustentável?
Raí – Escolher um candidato que se comprometa com uma plataforma voltada para sustentabilidade já é importante, pois busca caminhos para uma plataforma de governo que busca qualidade de vida, justiça social, que melhore a vida das pessoas.

NM – Ao assinar a carta da campanha, o candidato se obriga a, caso eleito, criar um plano de meta e prestar contas. É uma ferramenta clara de avaliação?
Raí – Se existe um compromisso firmado, isso pode ser muito bom para quem foi fiel e ao mesmo tempo ruim para quem não cumpriu. O eleitor poderá acompanhar o que o candidato está fazendo, avaliando o trabalho, o que pode ser decisivo em eleições futuras.

NM – As eleições municipais facilitam ou dificultam o trabalho de difundir a sustentabilidade?
Raí – Estar próximo da governança, do poder público, auxilia o debate. Mas em um país do tamanho do Brasil a divulgação da campanha é um desafio muito grande.

NM – Falando em sustentabilidade, qual o principal problema das cidades brasileiras?
Raí – É centralização do poder, que acaba prejudicando a transparência de uma forma geral. Se você centraliza as questões, favorece a corrupção, falta de transparência. O ideial é descentralizar o poder das decisões.

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