Reunidos na FGV, três especialistas em desenvolvimento dizem que falta ativar redes para garantir sustentabilidade
O Estado de S.Paulo
São Paulo tem jeito. Foi o que afirmaram Oded Grajew, coordenador-geral da Rede Nossa São Paulo, Ladislau Dowbor, professor de Economia e Administração da PUC-SP, e Cecília Ferraz, coordenadora no Centro de Estudos em Sustentabilidade da FGV (GVCes) na primeira edição da série de debates do Radar Rio+20. Organizado pelo Instituto Vitae Civilis, Instituto Sócio-Ambiental (ISA), Fundação Getúlio Vargas (FGV) e Rádio Estadão ESPN, o evento aconteceu ontem na FGV.
Sob o tema Cidades Sustentáveis foram debatidos assuntos como transporte público, indicadores de sustentabilidade, o comprometimento dos candidatos à Prefeitura de São Paulo com metas que melhorem a qualidade de vida dos cidadãos e o compromisso com um desenvolvimento mais limpo e inclusivo.
"O problema não é de recursos. Se dividirmos o PIB mundial pela população do globo, teremos cerca de R$ 5 mil por família de quatro pessoas. Quer dizer: com o que a gente produz hoje dá para todo mundo viver dignamente", afirmou Dowbor. "O problema é de governança."
Grajew faz coro. "Entre os 93 distritos de São Paulo há vários que não têm uma biblioteca, um hospital", provocou.
Cecília Ferraz enfatizou a experiência do GVCes na cidade paraense de Juruti, impactada pela instalação de um polo da Alcoa. "Incentivamos a população a produzir dados e utilizá-los para planejar seu futuro. É preciso ativar as redes", disse ela.
O próximo debate, sobre Energia, acontece dia 23 de abril. / K.N.