Os dados são de um relatório da Cetesb divulgado nesta segunda (9).
São Paulo produz 13 mil toneladas de lixo domiciliar diariamente.
Do G1 SP
A produção de lixo na capital paulista aumentou 55% na última década. É o que revela um relatório divulgado nesta segunda-feira (9) pela Cetesb. Diminuir a geração de resíduos é um dos principais desafios para uma São Paulo mais limpa.
Todo dia, o analista de sistema Luís Antônio Júnior tira de casa dois sacos de lixo. Da porta para fora, a responsabilidade é dos funcionários do condomínio. As 52 famílias que moram no prédio produzem 2,5 toneladas de lixo por mês.
No saco de lixos de uma família é possível encontrar muita coisa: 60% dos resíduos são restos de comida, conhecido como lixo orgânico; 30% são latas, garrafas e outros produtos recicláveis; 9% é lixo de banheiro e 1% de pilhas, baterias e outros resíduos.
No condomínio em que Luís mora, o objetivo é dar um destino para o lixo rapidamente, pois não há espaço para armazenar os sacos, que ficam em depósitos na garagem.
Todos os condomínios e todas as casas de São Paulo produzem por dia 13 mil toneladas de lixo. “Na cidade de São Paulo, geramos um volume só de resíduos domiciliares que é equivalente a um estádio do Pacaembu por dia. É muito lixo”, afirma Sabetai Calderoni, Presidente do Instituto de Desenvolvimento Sustentável.
Segundo o especialista, seria possível reaproveitar praticamente tudo o que a gente joga fora. Só que hoje, 98,5% do lixo domiciliar da capital vai para os aterros sanitários. E é simplesmente enterrado.
“O que não faz sentido é ter uma política pública de resíduos sólidos baseada em aterro sanitário. Por que esse material tem que ser enterrado e não pode ser utilizado de outra forma?”, questiona a Ana Paula Bortoleto, engenheira civil e ambiental.