DE SÃO PAULO
Por meio de nota oficial, a Secretaria Estadual da Educação de São Paulo
afirmou que o levantamento feito pela Folha sobre falta de professores é
"enganoso" e não reflete a realidade sobre a movimentação do quadro de
docentes das escolas estaduais.
De qualquer forma, para aprimorar a rede, disse a pasta, será aberto novo concurso público no próximo semestre.
Sobre a tabulação da reportagem, o governo afirmou que "a oscilação do
número de unidades nessa situação é constante", pois todos os dias há
casos como aposentadorias e licenças.
Os dados da Secretaria Municipal da Educação, porém, indicam que essas
questões atingem menos as unidades da prefeitura paulistana.
O Estado ressaltou que possui 217 mil professores. Assim, disse, é
normal que haja movimentação de professores, "o que inviabiliza usar
para divulgação" o número de aulas livres ou em substituição.
A gestão Alckmin (PSDB) apresentou uma estimativa de que precisaria
aumentar o magistério em todo o Estado em 0,6% para compensar a ausência
de docentes (temporária ou permanente).
O percentual é uma projeção. Estima que o professor pega, em média, 23
aulas. Se o interessado pegar menos aulas, cresce a carência.
"Esse índice tenderá a ser cada vez menor em função de iniciativas como a
política salarial instituída no ano passado pelo governador Geraldo
Alckmin, que estabeleceu para o quadriênio de 2011 a 2014 o aumento
acumulado de 42,2%", disse a pasta.
"Além disso, mais de 9 mil professores que já passaram em concurso serão
convocados entre o final de maio e o início de junho para ingresso no
curso da Escola de Formação de Professores", afirmou.
"Em longo prazo, a profissão do magistério da rede estadual de ensino se
tornará mais atrativa com a implantação do plano de carreira, que está
sendo elaborado."
Sobre a escola Gavião Peixoto, disse que a aula de geografia está
atribuída, mas há faltas pontuais do docente. Para a de artes, fez novo
chamado. E, disse, irá apurar informação de que alunos e professores
eventuais ouvem funk na sala.