“Movimentos mostram sociedade mais madura que estado brasileiro” – O Vale

 

São José sediou ontem um seminário sobre o programa Cidades Sustentáveis.

Esse programa, organizado pela sociedade civil, tenta divulgar e oferecer ferramentas para que cidades brasileiras se desenvolvam de forma econômica, social e ambientalmente sustentável. Mais: tenta, como ontem em São José, a adesão de gestores públicos, membros da sociedade e pré-candidatos a prefeito a uma carta-compromisso, que prega metas para a melhoria da qualidade de vida da população. É um bom passo em direção a uma cidade melhor, mais equilibrada e melhor planejada. E é um bom exercício de cidadania.

Em São José, o programa –encabeçado, nacionalmente, pela Rede Nossa São Paulo e Instituto Ethos, com parceria junto ao Greenpeace, OAB, WWF, Sesc e Unicef– é apoiado pela Associação dos Advogados do Vale do Paraíba, Embraer, Associação dos Engenheiros e Arquitetos, Associação Comercial e Industrial, Associação das Empresas de Loteamento, Sindicato da Habitação e Faap. É muita gente junta em busca de cidadania e qualidade de vida.

O bom é que o Cidade Sustentável não é uma iniciativa isolada.

Diversos outros esforços têm sido feitos pela sociedade civil para garantir direitos básicos de cidadania, qualidade de vida, saúde melhor, transporte melhor, melhores respostas do poder público a problemas crônicos como segurança, habitação, educação e direitos individuais. Enfim, é o cidadão cobrando soluções. Isso mostra um amadurecimento de uma fatia expressiva da sociedade brasileira.

Pena que, do seu lado, o Estado ainda seja letárgico em suas respostas.

Basta ver a falta de vontade com que as prefeituras das maiores cidades da região tratam a Lei de Acesso à Informação, que entrou em vigor na última quarta-feira. Pena: o poder público, em todos os seus níveis, municipal, estadual e federal, não acompanhou o amadurecimento da sociedade brasileira. A sociedade vive o século 21. O Estado, ensaia entrar no século 20.

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