Comissão nacional quer que documento tenha objetivos detalhados
CLAUDIO ANGELO
DE BRASÍLIA
O Brasil considerou "insuficiente" a primeira versão do documento que guiará a Rio+20, a conferência mundial sobre desenvolvimento sustentável que acontece em junho no Brasil.
Em reunião com 21 ministros e com representantes da sociedade civil, ficou definido que o país tentará levar à ONU um texto com mais "ambição" para ser negociado pelos chefes de Estado.
Segundo o ministro Antônio Patriota (Relações Exteriores), todos os membros da comissão nacional que discute a Rio+20 pediram o maior detalhamento dos objetivos de desenvolvimento sustentável no texto. Também falta a menção a padrões insustentáveis de produção e consumo, algo que o Brasil quer ver sobre a mesa.
O chamado "rascunho zero", divulgado no mês passado pela ONU, contém uma síntese dos "desejos" de 193 países para o resultado final da conferência. Como precisa refletir o consenso entre todos, acabou saindo com uma linguagem "aguada".
CONVIDADOS
O Brasil continua com expectativa alta em relação à presença de chefes de Estado na conferência. Os convites aos presidentes e premiês para a cúpula do Rio foram enviados só em janeiro. Trinta líderes confirmaram presença, como o chinês Hu Jintao, o indiano Manmohan Singh e a alemã Angela Merkel.