“Crescimento precisa incluir questão ética e transparência” – Valor

Por De São Paulo

Suborno, corrupção, uso do poder para benefícios privados (ou qualquer outro nome que defina a falta de transparência em determinados negócios) são práticas que representaram um prejuízo de R$ 95 bilhões ao Brasil só em 2011, o equivalente a 2,3% do PIB. Os números são da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). O mapa da corrupção de 2011, elaborado pela Transparência Internacional, coloca o Brasil em 73º lugar, atrás de Uruguai, Ruanda, Butão e Namíbia no Índice de Percepção de Corrupção (IPC), que tem como base a mensuração da corrupção do poder público. A escala vai de zero a dez, sendo os mais transparentes os que mais se aproximam de dez.

Para os oito participantes do grupo que discutiu Integridade e Transparência, foi consenso a impressão de que um dos principais entraves para o desenvolvimento do Brasil está ligado à corrupção. As razões aparecem em declarações que enaltecem a esperteza como um bom atributo; e até na constatação de que muitas multinacionais com legislações rígidas em seus países de origem deixam de cumprir as normas ao desembarcar no Brasil por encontrarem um país frouxo na exigência do cumprimento das leis.

As questões colocadas pelos participantes sobre a diferença entre corrupção moral e corrupção sistêmica tomaram grande parte do tempo dos debates. (ST)

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