Por De São Paulo
Os dados são da Organização Internacional do Trabalho (OIT): perto de 1,5 bilhão de pessoas, ou quase metade do contingente economicamente ativo, está em situação de subemprego, informalidade, trabalho temporário. Rendimentos insuficientes comprometem a saúde, a segurança alimentar, a educação. Conclusão da OIT: o crescimento e a evolução do emprego não estão acompanhando a recuperação do PIB global desde a crise de 2008. Recuperação econômica sem o equivalente crescimento do emprego é uma das preocupações que o Instituto Ethos levará para a Rio+20 com propostas e sugestões.
Segundo o rascunho do documento, desenvolvimento sustentável não existe sem trabalho decente e oportunidades e renda compatíveis com as necessidades do trabalhador. Trabalho decente é a porta de saída da pobreza e acesso para a integração social. Nesse capítulo, sobre Desemprego, Trabalho Decente, Migrações e Direitos Humanos, a comissão do Ethos sugere compromissos, ações conscientes e comparece com sete propostas em que a educação aparece como destaque em todos os níveis. Mas a garantia dos direitos humanos vai além, segundo Cristina Fedato, que participou da análise do capítulo. "Nem sempre garantindo trabalho decente se garante direitos humanos", diz. "Direitos humanos incluem acesso a serviços sociais básicos, direitos fundamentais, cidadania."
Segundo a OIT, até o fim de 2012 75 milhões de jovens entre 15 e 24 anos estarão desempregados (4 milhões a mais que em 2007). O relatório Tendências Mundiais do Emprego dos Jovens aponta que a taxa de desemprego pode se agravar a partir das novas levas que chegam à idade de se incorporar ao mercado de trabalho. (ST)