Estima-se que as fontes renováveis são responsáveis por apenas 12,9% da oferta de energia no mundo e que 1,6 bilhão de pessoas ainda não tem acesso à eletricidade. O desafio é ampliar a oferta de alternativas energéticas limpas, mas sem correr o risco de falta de fornecimento.
Executivos da Odebrecht, da Cushman & Wakefield, do Instituto Vitae Civilis e da Associação Brasileira de Celulose e Papel (Bracelpa) participaram do grupo de estudos Energia Sustentável para Todos, durante o seminário preparatório da Conferência Ethos Internacional 2012. As propostas do grupo incluem incentivos para o desenvolvimento de novas matrizes sustentáveis, como solar e eólica; o desenvolvimento de biocombustíveis, como o etanol de celulose, e a conservação de energia, com um corte planejado de subsídios às fontes fósseis e atômicas.
"Deve ser adotado um olhar sistêmico, que considere um quadro amplo de fontes conhecidas, mas com um cálculo de vulnerabilidade dessas matrizes, para um melhor planejamento energético", diz Alexandre Baltar, gerente de sustentabilidade da Odebrecht.
"Não podemos investir só em solar ou mais em eólica", afirma Gustavo Ferroni, especialista em políticas do Vitae Civilis. "Um só modelo de produção não é o bilhete premiado. O fornecimento tem de ser multimodal, com predominância da energia limpa."
Os especialistas querem ainda a criação de modelos de monitoramento de custos de produção das fontes de energia e uma maior integração do governo, concessionárias, movimentos sociais e ambientais na discussão de temas comuns. João Alves Pacheco, diretor técnico da Cushman & Wakefield lembra a necessidade de políticas de incentivo à conservação da energia. (JS)