Pré-candidato do PT em SP apontou problemas também no transporte público
O pré-candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, atacou nesta quinta-feira (28) as administrações de José Serra (PSDB) e Gilberto Kassab (PSD) em São Paulo.
Em evento promovido pela ONG (organização não-governamental) Rede Nossa São Paulo, que discute o Plano de Metas da atual gestão da cidade, o petista mencionou problemas em áreas como saúde e transporte público.
— O autoproclamado melhor ministro da Saúde do Brasil [prometeu que] iria resolver os problemas da saúde. Hoje, o maior problema da cidade para a população é justamente a saúde.
Serra, que é o pré-candidato tucano à prefeitura paulistana, foi ministro da Saúde entre 1998 e 2002, no governo do então presidente Fernando Henrique Cardoso.
Ao falar de transporte público, o petista atribuiu a superlotação dos trens e metrôs à falta de investimento em corredores de ônibus que, segundo ele, cessaram desde o fim da administração da atual senadora Marta Suplicy (PT-SP), prefeita de São Paulo entre 2001 e 2004.
— Até o metrô está sofrendo pela falta de corredores [de ônibus]. A falta de investimentos nos transportes sobrecarregou os sistemas viários. Temos os mesmos corredores da época de Marta.
Com o mote do "novo" para São Paulo, Haddad afirmou que em uma eventual administração sua haveria "o conceito de um tempo novo na cidade de São Paulo".
— A ideia é garantir tempo livre [às pessoas] para usufruir a cidade de São Paulo.
Mantendo a linha de críticas ao fato de Serra ter deixado a Prefeitura em 2006, com menos de dois anos de administração, para concorrer ao governo do Estado, Haddad afirmou que São Paulo "não precisa de prefeito de meio mandato e nem de meio período".
Violência
Haddad também cobrou mais ações da administração municipal ao comentar a onda de violência que tomou conta da cidade nos últimos dias, com ao menos 11 ônibus queimados até a madrugada desta quinta e o assassinato de policiais. Na opinião do petista, a prefeitura precisa se unir ao Estado e colaborar com políticas sociais. O petista disse que Kassab está se omitindo.
— Temos de somar forças com o governo do Estado para superar esse momento crítico que a cidade vive. Não é a primeira vez que enfrentamos esse tipo de circunstância. A Prefeitura não pode se omitir como tem se omitido nessa questão.
Para ele, a Prefeitura pode ainda colaborar oferecendo oportunidades de inserção social e de educação para os jovens.
— A partir do momento em que a Prefeitura faz sua parte, ela diminui o ônus sobre o governo do Estado e sobre o aparato repressivo.
O evento da Rede Nossa São Paulo reuniu também os candidatos Gabriel Chalita (PMDB), Soninha Francine (PPS) e Carlos Gianazzi (PSOL). O deputado federal Walter Feldman (PSDB-SP) e o líder do PSDB na Câmara Municipal de São Paulo, vereador Floriano Pesaro, estão representando o candidato tucano José Serra. O pré-candidato do PRB, Celso Russomanno, não compareceu.
