DANIEL RONCAGLIA
DE SÃO PAULO
Sem a presença do prefeito Gilberto Kassab, um evento promovido pela Rede Nossa São Paulo foi usado como palco de críticas à atual administração por quatro candidatos à Prefeitura de São Paulo.
A ONG organizou o ato no teatro do Sesc Consolação para fazer um balanço do programa de metas, que está previsto em lei municipal sancionada nesta gestão.
Kassab cancelou sua participação apenas na manhã desta quinta-feira (28).
De acordo com a Rede Nossa São Paulo, o prefeito cumpriu 81 das 223 metas prometidas por ele.
O único pré-candidato presente, o petista Fernando Haddad, atacou a atitude de Kassab. "É um desrespeito lançar um plano e depois fugir da responsabilidade de prestar contas", afirmou.
Ele também criticou seu principal adversário, o ex-governador José Serra (PSDB). "Não precisamos de prefeito de meio mandato e de prefeito de meio expediente."
Haddad reclamou do fato dos três hospitais previstos no plano não estarem pronto. "Parece piada colocar como meta parcialmente cumprida um hospital que não foi construído", disse.
O peemedebista Gabriel Chalita chamou a gestão Kassab de "tacanha" e disse que ela não tem "cara".
"As metas foram criadas pelo prefeito depois de eleito. Ele não cumpriu o que se propôs a fazer", disse Chalita, que afirmou ainda não ser "humana" a proposta da prefeitura de proibir que organizações distribuam sopa para moradores de rua por conta da sujeira.
"Graças a Deus, o prefeito passa, mas essa cidade fica", completou.
Já a ex-vereadora Soninha Francine (PPS) criticou o sucateamento da CET (Companhia de Engenheira de Tráfego) e o funcionamento do Psiu. "O ruído é um problema seriíssimo na cidade de São Paulo. O poder público demorou para se dedicar a isso."
Para o deputado Carlos Giannazi (PSOL), faltou interesse e compromisso da gestão para cumprir as metas. "Os três hospitais, que estavam no plano de meta, não foram construídos."