“Kassab diz ter concluído 84 das 223 metas previstas para SP” – G1

 

Segundo administração municipal, 138 metas estão em andamento.
Construção de hospitais e corredores devem ficar para próxima gestão.

Letícia Macedo
Do G1 SP

O penúltimo balanço do Plano de Metas da Prefeitura de São Paulo feito pela gestão de Gilberto Kassab aponta que, das 223 metas propostas, 84 foram concluídas, 138 estão em andamento e uma não está sendo tocada. Segundo a estimativa da administração municipal, divulgada nesta quinta-feira (28), 64 dos objetivos em andamento já beneficiam a população.

A meta que não está em andamento é o investimento de R$ 300 milhões para o Rodoanel. Segundo Kassab, o governo federal e a administração estadual fecharam a equação financeira e as obras estão em ritmo lento, por isso não são prioridade. O poder público "saberá dar uma prioridade para esses recursos que serão mais importantes do que o Rodoanel nesse momento", disse o prefeito. É possível acompanhar o andamento do programa de metas em um site disponibilizado pela Prefeitura.
Na mesma manhã, a Rede Nossa São Paulo apresentou seu balanço das metas. Segundo a ONG, 81 das 223 metas (36,77%) foram cumpridas, 141 (63,23%) estão em andamento e uma (0,45%) não foi iniciada.
O prefeito comemorou os dados da Prefeitura e criticou a rede de ONGs. "Eu quero festejar a penúltima apresentação do plano de metas da gestão. Existe bastante entusiasmo pelos resultados apresentados até porque, muito possivelmente, nós atingiremos 85% das metas até o final da gestão", disse.
"Parte expressiva delas está em andamento, está próxima da conclusão e as restantes já foram concluídas", afirmou Kassab. "Dificilmente uma gestão pode atingir 100% das suas metas. Surgem acidentes, a receita cai e com isso você precisa ajustá-las."
O prefeito fez duras críticas à atuação da entidade. “Ela age de má fé, tem impedido as outras cidades do Brasil de levar à frente o plano de metas. Ela não leva em consideração, por exemplo, que as metas que estão em andamento e que os investimentos em uma região devem ser analisados como um todo”, declarou Kassab.
“É lamentável, porque essa instituição se julga dona, acha que o plano de metas só existe por causa dela. Não é verdade. Existe por conta da Câmara Municipal, por conta do apoio de todos.” Kassab afirma que o posicionamento pode fazer com que seu sucessor seja menos ambicioso no momento de estabelecer seus objetivos.
A Nossa São Paulo rebateu o prefeito e diz que é de iniciativa dela a Proposta de Emenda à Constituição (PEC 52) que tramita no Congresso Nacional cujo objetivo é obrigar todos os prefeitos, governadores e presidente a apresentarem um programa de metas para toda a gestão em até 90 dias após a posse. Atualmente, segundo a ONG, 27 cidades brasileiras já aprovaram lei sobre o tema.
Metas cumpridas
As metas estão divididas em cinco eixos (Cidade de Direitos, Cidade Sustentável, Cidade de Criativa, Cidade de Oportunidades, Cidade Eficiente), além de um eixo considerado transversal (Cidade Inclusiva). Entre aquelas que já foram atingidas, o secretário de Planejamento, Rubem Chamma, destacou, entre outras, as metas de número 19 da Habitação, que previa o atendimento de 9 mil famílias no Programa de Recuperação de Cortiços, e a de número 20, que estabelecia que 4,3 mil novas famílias passassem a habitar em prédios recuperados na área central da cidade.
As duas metas estão entre as 23 que superaram a expectativa inicial e excederam os 100% do indicador de eficácia. A Prefeitura também destaca ter atingido as metas de Educação de número 15 e 16, que previam a implantação da jornada de sete horas nas escolas municipais e a ampliação para nove anos do ensino fundamental.
Em andamento
Entre as metas que não estão concluídas e que devem ficar prontas na próxima gestão, Kassab destacou a criação de corredores de ônibus e a construção de três hospitais (que ficariam nas regiões da Vila Matilde, da Brasilândia e de Parelheiros). “Com relação aos corredores, nós vamos avançar, mas não vamos poder atender a tudo que estava planejado”, afirmou.
Segundo o prefeito, a construção dos hospitais esbarra no processo de desapropriação de imóveis. “A desapropriação é muito lenta. Os três estão em fase final de desapropriação. Mas não temos certeza de que iremos entregar até o fim do ano.”

Compartilhe este artigo