A gestão de Gilberto Kassab (PSD) na prefeitura de São Paulo foi alvo de ataques no maior encontro de candidatos à Prefeitura de São Paulo até o momento. Gabriel Chalita (PMDB), Fernando Haddad (PT), Soninha (PPS) e Carlos Giannazi (PSOL) estiveram em evento promovido pela Rede Nossa São Paulo nesta quinta-feira 28. Os dois candidatos mais bem colocados nas pesquisas, José Serra (PSDB) e Celso Russomanno (PRB), não estiveram presentes.
O objetivo do encontro era avaliar o programa de metas da prefeitura. Levantamento divulgado pela Rede Nossa São Paulo mostra que a prefeitura cumpriu 81 dos 223 objetivos estabelecidos pela própria administração municipal no primeiro ano da gestão Kassab.
As críticas dos quatro candidatos deram uma prévia de como serão os ataques à administração de Kassab durante a campanha. Com baixa popularidade, o prefeito sofrerá a oposição de todos os candidatos, com exceção de José Serra. Haddad resumiu a situação: “em termos de diagnóstico, muita coisa é comum na fala de todos os candidatos”.
Gianazzi foi o primeiro a falar. “Essa atual administração não tem compromisso com as questões sociais. Eu digo que o Kassab nem fracassou, porque ele nunca sequer se comprometeu com as áreas sociais. O compromisso dele é com empreiteiras”, disse o socialista.
Haddad disse que as metas cumpridas por Kassab eram as mais fáceis. Para o petista, o prefeito foi omisso em questões cruciais como a criação de hospitais e de corredores de ônibus na cidade. “Até o metrô está sofrendo com a falta de corredores de ônibus, por falta dos 300 km que podíamos ter. Estamos com os mesmos cento e poucos entregues na gestão Marta Suplicy”.
Subprefeita na gestão de Kassab, Soninha foi quem fez críticas mais leves. Em sua primeira fala, não criticou o prefeito. Ao pegar o microfone novamente, reclamou da qualidade das informações entregues pela prefeitura. Disse que há dados errados e outros não entregues.
Chalita, por sua vez, disse que São Paulo precisa de uma gestão “mais presente”. O candidato do PMDB disse que Kassab não cumpriu o que propôs para a cidade. “Não estamos falando de uma cidade que não tem dinheiro, mas a prefeitura não tem que ter um caixa cheio de dinheiro e sim atender a população”, disse Chalita.