Izabela Andrade | Redação 24 Horas News
Os candidatos que concorrem à prefeitura de Cuiabá, durante seu primeiro compromisso oficial juntos, partiram do princípio da política da “boa vizinhança”. Durante adesão ao termo de responsabilidade pelo legado das cidades-sede da Copa do Mundo de 2014, cidade sustentável e pacto pela transparência na aplicação do dinheiro público, nesta terça-feira, Mauro Mendes (PSB), Carlos Brito (PSD), Lúdio Cabral (PT), Adolfo Grassi (PPL), Procurador Mauro (P-sol) e o vice de Guilherme Maluf (PSDB), advogado João Celestino (DEM) priorizaram a cordialidade e desejaram sorte uns aos outros, na corrida pela cadeira de prefeito.
Atentos ao protocolo de intenções elaborado que objetiva responsabilidade para manter o acesso ao esporte, a transparência nos gastos públicos e ações ligadas ao desenvolvimento sustentável das cidades, os postulantes a chefe do Palácio Alencastro, pautaram seus discursos nos compromissos de campanha que mais se assemelham com o pacto firmado. Ademais nenhuma novidade.
Foi nítido o “jogo de esconde-esconde”, ninguém falou nada que pudesse provocar um embate político voraz em Cuiabá. Todos muito bem articulados e com seus discursos prontos, quando indagados respondiam, quase que mecanicamente: “Estamos trabalhando. Estamos andando muito. Sim, com ajuda da população vamos melhorar ninguém faz nada sozinho.” Ficou claro, que as expectativas dos próprios candidatos, está por conta do início do horário eleitoral gratuito na televisão.
Mesmo assim, ainda houve espaço a críticas. Sutilmente, Carlos Brito, Mauro Mendes e Adolfo Grassi se encarregaram de alfinetar as atuais administrações do prefeito Chico Galindo (PTB) e governador Silval Barbosa (PMDB).
Grassi, por exemplo, considera inadmissível Cuiabá não ter água e esgoto em 100% dos bairros. Carlos Brito, por sua vez, mostrou-se preocupado quanto as obras consideradas faraônicas. Segundo ele, a implantação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) pode ser considerada problemática, devido a critérios que devem ser esclarecidos, como o preço da tarifa do modal e quem vai pagar pelo transporte, “não adianta ter um sistema de transporte moderno, se não vai atender a população” enalteceu.
Mauro Mendes lembrou o que motivou retornar a vida pública, contudo, recriminou os problemas “históricos” que assolam Cuiabá e os gastos considerado por ele, exorbitantes para construção da Arena Pantanal – estádio da Copa do Mundo e VLT. “Construir VLT é bom, mas temos um transporte coletivo precário. Construir estádio é bom, mas não temos praças e área de lazer”, disse.
Com discurso preocupado em colocar em prática suas propostas, Lúdio Cabral, defende que “resolver os problemas de Cuiabá não é tarefa para uma só pessoa, mas do engajamento da população, que deve participar ativamente de todas as ações da prefeitura”.
Celestino, disse que a prática de uma política sustentável já esta sendo incorporada a sua campanha e de Guilherme Maluf e tem como compromisso evitar o desperdício de energias não renováveis. Já o procurador Mauro César de Lara, informou que as diretrizes apontadas pelas organizações civis organizadas, está assegurada no plano de governo do P-sol e automaticamente convoca a população para uma gestão compartilhada.
Os pactos e termos propostos foram elaborados pelo Crea-MT, a Ong Moral, o Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral/Comitê Ficha Limpa de Cuiabá, Atletas pela Cidadania, Rede Social Brasileira por Cidades Justas e Sustentáveis e Instituto Ethos.