Movimento Voto Consciente divulga nota dos vereadores de São Paulo

 

Fonte: FolhaVP On line
 
Na tarde de ontem (30/8), no salão nobre da Câmara Municipal, o Movimento Voto Consciente (MVC) divulgou as notas de avaliação do mandato dos vereadores de São Paulo no período de janeiro de 2009 a 30 de junho deste ano. Os critérios usados foram os projetos apresentados, que tiveram peso maior no desempenho, e a presença em comissões e votações nominais.

Apenas dois vereadores acompanharam o evento: Cláudio Fonseca (PPS) e Floriano Pesaro (PSDB). Ao final da divulgação das notas, Fonseca criticou a forma de avaliação do MVC.

O Voto Consciente deu nota pela primeira vez aos vereadores em 2004. O movimento se auto-intitula uma entidade cívica e apartidária formada por voluntários que acompanham o dia a dia do trabalho dos vereadores dentro da Câmara Municipal. A mesma ação é realizada com os deputados estaduais na Assembléia Legislativa. “Nossa primeira ideia foi cobrar uma presença maior dos políticos nas votações e comissões e conseguimos isso. A nota média de presença era de 6,25 em 2004 e hoje passou de 9”, comenta a diretora do MVC, Sonia Barboza. “Visamos agora melhorar os projetos apresentados. Das 2.577 propostas destes últimos quatro anos, 1.022 consideramos como projetos B, ou seja, têm importância, mas não são essenciais, como nomeações de ruas e homenagens. Deste número, 587 foram aprovados, sendo 298 da categoria B”, explica Sonia alegando ainda que os vereadores deveriam se preocupar mais com a qualidade das propostas do que com a quantidade.
 
Já o diretor geral do movimento, Danilo Barboza, fez questão de ressaltar que as notas servem apenas para auxiliar o eleitorado e não representam a totalidade do trabalho dos vereadores. “Infelizmente só podemos avaliar o trabalho do vereador dentro da Câmara e não nas ruas, o que também é de extrema importância no mandato de um político. Temos que definir critérios para a votação não ficar vaga. Nossa intenção não é criticar e sim dar mais uma fonte de pesquisa para o eleitor e ajudar o vereador a melhorar seu trabalho”, argumentou Barboza.

De acordo com o MVC, os 55 vereadores de São Paulo tiveram nota média de 5,66 pontos, sendo a maior 7,70 e a menor 4,14. A classificação dos vereadores também está no site do movimento (http://novo.votoconsciente.org.br/), onde o visitante ainda pode conhecer os gastos e números dos mandatos.

Ao final do evento o vereador Cláudio Fonseca pediu a palavra e criticou os critérios usados na avaliação. “Não podemos julgar o trabalho de um vereador apenas pelos projetos e pela presença. Também participamos de debates e trabalhamos junto às comunidades. Este tipo de nota não auxilia o eleitor e sim dá uma impressão errada para ele. Eu não gostei da avaliação do meu trabalho e fiquei irritado não só com a minha nota, mas com a de outros colegas que sei que têm grande papel na Câmara”, afirmou Fonseca.
 
Na região
 
Entre os 55 vereadores da Câmara, seis são os mais atuantes na região e nenhum deles recebeu boa avaliação do Movimento Voto Consciente.
 
O primeiro a ser citado na lista, na 25ª posição, é Ricardo Teixeira (PV) com nota final de 5,70. Em seguida aparece Adilson Amadeu (PTB) em 28º, com 5,62. Cláudio Fonseca ficou em 31º, com 5,54. Chico Macena (PT) acabou em 33º, com 5,52.
 
Juliana Cardoso (PT) terminou em 48º, com nota de 4,85. Edir Sales (PSD) ocupa a 53º posição com 4,55. Edir ainda levou a pior avaliação do Voto Consciente no quesito qualidade dos projetos apresentados, com nota de 1,36.
 
A Folha procurou as vereadoras Juliana Cardoso e Edir Sales para pedir um posicionamento sobre a avaliação. A assessoria de Juliana Cardoso debateu os critérios usados pelo movimento, ressaltando que a política teve problemas de saúde que provocaram algumas ausências e que em alguns casos não participou das sessões, mas estava presente na Câmara discutindo assuntos importantes para a cidade. Foi destacado ainda que, por ser da oposição, Juliana teve projetos importantes vetados nas comissões da Casa e nem foram a plenário, e outros ainda estão em trâmite.  Já a assessoria de Edir Sales não se pronunciou até o fechamento desta matéria.
 

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